RESUMO
Florestar e reflorestar foram os desafios que o agricultor pode enfrentar para plantar uma cultura capaz de capturar mais carbono do que a quantidade emitida para o cultivo. Partindo do pressuposto de que a terra era legalmente arrendada e própria, e parte de uma área que não havia sido obtida por meio de desmatamento recente, as principais questões eram: “por que um agricultor teria preferido reservar a área para plantar árvores?” e “Quanto uma tonelada de Dióxido de Carbono [CO2] teve que ser recompensada para comprar esta oportunidade?” Este trabalho teve como objetivo estimar qual o preço mínimo do crédito de carbono para que o agricultor plante uma floresta ao invés de usar o solo para cultivo de grãos. Com base na análise, os aspectos econômicos e de lucro foram os principais direcionadores considerados pelo agricultor para decidir como usar o solo caso a área não fosse classificada como Reserva Legal ou Área de Proteção Permanente, buscando o uso que maximizasse o valor por hectare. Considerando uma floresta comercial de eucalipto plantada nas dependências do presente estudo, os resultados mostraram que um preço em torno de R$ 24 por tonelada de CO2 em 2021 é suficiente para torná-la economicamente viável. O caso de negócios foi estimado com e sem lucro proveniente do uso comercial da floresta e, mesmo assumindo que nenhuma madeira seja cortada e vendida, o preço de 2021 de R$ 40,48 por tonelada de CO2 pode garantir mais lucro do que a produção de grãos ao longo de 14 anos, permitindo ao agricultor ganhar dinheiro além do uso comercial usual de uma floresta.
Palavra-chave
Compensação de carbono; Soja; Eucalipto; Crédito de carbono; Reflorestamento