Avaliação diagnóstica da aprendizagem
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Os estudantes não estavam familiarizados com essa metodologia, o que implicou que deveriam aprender cada ação a ser executada, pois no contexto da amostra havia uma centralidade do livro didático e do ensino expositivo. Quanto ao conhecimento científico, percebeu-se a falta de conhecimentos prévios estáveis e uma compreensão dos processos de vaporização-condensação não adequada à perspectiva científica. Além disso, os alunos, principalmente pela idade e pelo contexto, tinham pouca familiaridade com palavras e termos científicos. |
1ª etapa: Apresentação da situação-problema e discussão da indagação científica
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Apresentou-se uma situação-problema baseada na seguinte indagação científica: Por que uma substância evapora e quais fatores influenciam esse processo? Em seguida, buscou-se a identificação e compreensão do problema e se esperava que expressassem as ideias prévias e percebessem as perspectivas dos demais. Depois, discutiu-se em grupo os elementos conhecidos e desconhecidos, incentivou-se a expressão de perguntas sobre o que não compreenderam ou a elaboração de outras questões relacionadas, além de ajudá-los a reconhecer a necessidade da cooperação para a busca da solução do problema. |
2ª etapa: Formulação de hipóteses
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Por questionamentos, buscou-se ajudá-los a mobilizar ideias e conhecimentos prévios de forma que pudessem levantar, emitir e discutir em grupo hipóteses explicativas na tentativa dar uma resposta ao problema. Em seguida, incentivou-se que percebessem que a variedade de hipóteses faz com que não devamos aceitar passivamente as respostas iniciais, mas buscar questioná-las e testá-las quando possível. Por questionamentos, buscou-se ajudá-los a mobilizar ideias e conhecimentos prévios de forma que pudessem levantar, emitir e discutir em grupo hipóteses explicativas na tentativa dar uma resposta ao problema. Em seguida, incentivou-se que percebessem que a variedade de hipóteses faz com que não devamos aceitar passivamente as respostas iniciais, mas buscar questioná-las e testá-las quando possível. |
3ª etapa: Desenho experimental
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Com a relação entre o conhecimento prévio e o problema, buscou-se levá-los a fazer previsões a partir do planejamento em grupo de um desenho experimental que pudesse testar as hipóteses. Nesse sentido, propôs-se que compreendessem quais variáveis seriam observadas, os materiais utilizados, o tempo e os possíveis resultados. Foi necessário levá-los a reconhecer os múltiplos procedimentos e instrumentos e a pluralidade de formas para encontrar a solução do problema além do livro didático. |
4ª etapa: Realização do experimento, coleta e organização de dados e análise
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Na atividade experimental, dividiram-se os participantes em quatro grupos, nos quais cada um separou uma quantidade específica da substância (água) já estabelecida em uma tabela, verificando a temperatura dela e registrando os dados iniciais. O professor submeteu as quatro quantidades, em recipientes diferentes, ao calor resultante da queima do gás no fogão da cozinha da instituição, e os estudantes observaram da janela. Após os minutos especificados na tabela, o professor colhia amostras para verificar a temperatura. A negociação de significados com o docente foi essencial para que a linguagem científica começasse a ser adotada e aprendida pelos estudantes, implicando a consciência do conhecimento como linguagem. Como variáveis, analisaram com a mediação docente a temperatura, o tempo de aquecimento, a quantidade e as mudanças ocorridas na sustância para responder a questões que os levassem a conclusões do estudo, a registrar os dados na tabela e a descrever a experiência e os resultados por meio de desenhos explicativos. Por fim, buscou-se favorecer a “incerteza” mediante o questionamento dos dados e instrumentos científicos e sua relação com as hipóteses. |
5ª etapa: Conclusão
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Realizou-se a interpretação dos dados para obter conclusões válidas com base nas evidências encontradas, ajudando a interrogar as provas, discutindo o que consideraram como “evidências”, questionando as observações, compreendendo o papel das conclusões coletivas e dos acordos intersubjetivos. Isso implicou perceber que tanto os significados iniciais quanto finais a respeito da ideia de calor relacionada ao processo de vaporização-condensação são pessoais, embora haja uma perspectiva científica que explique o fenômeno. Para finalizar, realizou-se uma reflexão do processo de aprendizagem levando em consideração os conhecimentos prévios e a relação destes com as novas informações aprendidas e a expressão do conhecimento. |
6ª etapa: Consolidação do conhecimento
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Nesta etapa, consolidaram-se os conceitos estudados por meio de um vídeo e outra atividade experimental com foco no esclarecimento de dúvida quanto ao conteúdo “condensação”. Foram realizados questionamentos, como: Que fatores contribuíram para vaporização da água? Qual a relação do calor com a vaporização? Houve variação da temperatura durante o aquecimento da substância? Que variações foram essas? É possível estabelecer uma escala a partir da variação de temperatura? |