Acessibilidade / Reportar erro

A crítica ainda é possível na Teoria das Relações Internacionais? Um engajamento crítico com a vocação de RI

Resumo

O artigo oferece uma crítica dos esforços recentes para ler a teoria das relações internacionais – e seus teóricos – como especialmente posicionados para oferecer uma crítica da política internacional. Ele faz tal crítica ao engajar com a afirmação de Daniel Levine de que a teoria das relações internacionais tem uma vocação especial para a crítica que é inigualável em relação a outras disciplinas. Ao problematizar a abordagem política, ética e epistemológica de Levine para uma crítica sustentável, defendo que a teoria das relações internacionais tem estado particularmente engajada com uma política de crise que centraliza os modos de subjetividade ocidentais como o único quadro de referência para se pensar sobre política e história. Como consequência, a teoria ocidental das relações internacionais tornou-se inadequada e dispensável para muitos teóricos críticos da política internacional em grande parte do mundo, mesmo no caso das suas abordagens mais críticas. Para concluir, ofereço uma abordagem da teoria crítica das relações internacionais que parte da política do colonialismo, ao invés da crise.

Palavras-chave
teoria das relações internacionais; teoria crítica; crítica sustentável; crise; periodização; pensamento decolonial

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Instituto de Relações Internacionais Rua Marques de São Vicente, 225 - Casa 20 , 22453-900 Rio de Janeiro - RJ - Brasil, Tel.: (55 21) 3527-2284, Fax: (55 21) 3527-1560 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cintjournal@puc-rio.br