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A Face Econômica dos Arranjos Cooperativos Internacionais: os Casos IBAS e CPLP

Resumo

A formação de arranjos cooperativos internacionais, com diferentes escopos e estruturas, tem sido crescente no sistema internacional. O Brasil tem participado com frequência desses grupos, compondo um quadro diplomático complexo, onde se convive e interage com blocos regionais, organizações internacionais, grupos e coalizões. Diante disso, o propósito deste artigo foi investigar os efeitos comerciais provocados pelos arranjos cooperativos internacionais, observando particularmente, a partir da ótica brasileira, dois casos: o IBAS (Grupo Índia-Brasil-África do Sul) e a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). Os construtos teóricos da Nova Economia Institucional subsidiaram a interpretação dos dados, assim como ganhou destaque a literatura que explora novos mecanismos de inserção externa de países emergentes, através da diplomacia orientada para o eixo Sul-Sul. A metodologia empregada foi do estudo de dois casos, reunindo indicadores tanto quantitativos como qualitativos, fundamentados, sobretudo, nos relatórios oficiais do governo brasileiro e de análises setoriais produzidas por entidades de classes. A evolução comercial intrabloco foi realizada mediante uma análise de cluster considerando as exportações e as importações de cada um dos casos investigados em relação ao Brasil. Os resultados encontrados apontaram para um incremento das transações comerciais entre os Estados-membros.

Palavras-chave
Arranjos Cooperativos Internacionais; IBAS; CPLP; Teoria Institucional; Sul-Sul; Análise de Cluster; Comércio

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