Resumo
Este artigo discute o processo de construção de uma arquitetura regional de Defesa na América do Sul ao longo das duas últimas décadas e que acabou por constituir o Conselho de Defesa Sul-americano (CDS). Discute-se as principais propostas de um mecanismo de segurança regional, apresentadas sobretudo pelo Brasil e a Venezuela, analisando os debates em torno deles e caracterizando-os como diferentes modelos de regionalismo, a saber, um modelo pluralístico e amalgamado. Argumento que as diferenças entre esses modelos e as diferentes agendas e eles subjacentes constituem obstáculos ao progresso da cooperação regional e da integração no campo militar. Outros obstáculos incluem a sobreposição das iniciativas de defesa regional, as diferentes opções de operacionalizar a ideia de “dissuasão extra-regional”, a relação entre países da região e atores extra-regionais, a inclusão de questões de segurança na agenda do CDS e a ideia de desmilitarização de fronteiras.
Palavras-chave
América do Sul; Defesa; Securança; Cooperação; CDS