Resumo:
Neste artigo, busco analisar como os discursos sobre infâncias e brincadeiras são mobilizados na escola e no seu entorno, em ruas e praças do bairro, e de que maneira e com quais efeitos eles atravessam, constituem, modificam, circulam e governam (ou não) os corpos das crianças. O referencial teórico-metodológico que orienta as análises ancora-se nos estudos culturais e o material empírico desta investigação foi constituído através de um trabalho de campo de caráter etnográfico. Procuro apresentar como a cidade não está preparada para as crianças, e como as praças não são o espaço de brincadeiras. Isto foi possível ao observar uma ausência das crianças nesses espaços. Os familiares destacam uma sensação de insegurança e medos para a criança não ficar sozinha brincando na rua.
Palavras-chave:
Crianças; Espaços vazios; Etnografia; Praças