Resumo:
Este artigo trata dos poloneses que deixaram seu país voluntariamente e sem problemas no período entre a queda do comunismo na Polônia, em 1989, e alguns anos antes da ampliação da União Europeia para o leste, em maio de 2004. Concentra-se em pessoas que eram jovens no momento de sua chegada na Alemanha (ou seja, não mais que 30 anos de idade) e por isso constitui um grupo de uma geração “nova” ou “jovem” de imigrantes poloneses na Alemanha. Procura-se aqui descrever algumas condições balizadoras que provocam distúrbios no processo e/ou promovem o desenvolvimento de trajetória de sofrimento, ou seja, ilustrar e analisar várias circunstâncias sociais e biográficas que tornam o processo de imigração difícil ou que resultam em uma anomia interativa e aumentam a dinâmica das trajetórias. Essas condições de enquadramento surgem de análises acuradas de entrevistas narrativas autobiográficas com jovens poloneses na Alemanha.
Palavras-chave:
Entrevista narrativa autobiográfica; Imigrantes poloneses na Alemanha; Trajetória de sofrimento; Marginalidade