Resumo:
Tomando como ponto de partida as possibilidades conversacionais vinculadas à prática de selfie, este artigo possui o objetivo de investigar as práticas e as políticas material-discursivas desenvolvidas através do cotidiano de produção e de compartilhamento de autorretratos digitais. A partir de pesquisa etnográfica realizada na cidade de Salvador, BA, Brasil, discutem-se os momentos nos quais o político é diferentemente solicitado em cada prática e situação específica, e como as conversações vão diferindo em cada relação, ambiente digital e arranjo material. A partir das experiências e dos relatos apresentados, argumenta-se por uma compreensão da prática de selfie também enquanto prática material-discursiva, na qual as materialidades digitais que a compõe agem de maneira a transformar experiências e criar possibilidades conversacionais em um ambiente de dataficação do cotidiano.
Palavras-chave:
Selfie; Dataficação; Etnografia