Resumo:
Busca-se neste artigo discutir narrativas produzidas com jovens atletas de voleibol de categorias de base e problematizar em suas enunciações a intersecção das identificações da masculinidade, orientação sexual, juventude e raça. Propomos o diálogo entre a abordagem interseccional e os estudos pós-fundacionais como aportes teórico-metodológicos, conforme Sirma Bilge, Leonor Arfuch e Judith Butler. Entre os resultados, os jovens atletas relataram como suas identificações são performatizadas socialmente ao reverberar a discriminação e a inferiorização de seus corpos por marcadores de raça, classe e orientação sexual. A intersecção dessas identificações materializou suas masculinidades como dissidentes às normas da branquitude e da cisheteronormatividade no contexto do esporte.
Palavras-chave:
Diferença; Interseccionalidade; Pós-fundacional; Narrativas; Esporte