OBJETIVO: Analisar as variações anatômicas do ramo do nó sinoatrial, principalmente quanto ao número, visto que a escola japonesa relatou a presença de dois ramos em até 50% dos casos, fato que permitiria a compensação, em caso de oclusão ou secção de um dos ramos. MÉTODOS: O ramo do nó sinoatrial foi dissecado com o auxílio de lente de aumento com pala Normo Health, de 3,0 graus, em 50 corações fixados em solução de formol. RESULTADOS: Em 94% dos casos, havia um ramo do nó sinoatrial, classificado em dois tipos do lado direito: D1 (46%) - ramo do nó sinoatrial situado medialmente à aurícula direita; D2 (4%) - ramo do nó sinoatrial na face posterior do átrio direito; e três tipos do lado esquerdo: E1 (24%) - ramo do nó sinoatrial medial à aurícula esquerda; E2 (16%) - posterior à aurícula esquerda; E3 (4%) - na face posterior do átrio esquerdo. Cada tipo, exceto D2, era subdividido em a ou b, conforme o sentido do RNSA fosse, respectivamente horário ou anti-horário ao redor da base da veia cava superior. Em 4% dos casos, havia dois ramos do nó sinoatrial, originados de ambas as artérias coronárias. Em 2% dos casos, havia três ramos do nó sinoatrial originados, dois da artéria coronária direita e o terceiro, provavelmente de artéria brônquica. Em 30% dos casos, o ramo do nó sinoatrial formava um anel ao redor da base da veia cava superior. Em todos os casos, o ramo do nó sinoatrial forneceu ramos colaterais para o átrio e/ou a aurícula do mesmo lado e/ou do lado oposto à sua origem. CONCLUSÃO: A baixa freqüência de dois ramos do nó sinoatrial em indivíduos brasileiros, comparada à alta encontrada em japoneses, provavelmente seja variação associada com as diferentes origens étnicas.
Artérias; Circulação coronária; Átrio; Sistema de condução do coração; Anatomia macroscópica