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Queixas de ardência bucal: características clínicas de amostra brasileira

OBJETIVO: Avaliar as características clínicas de pacientes brasileiros com queixas de ardência buccal atendidos em um hospital escola. MÉTODO: 66 pacientes com queixas de ardência bucal foram avaliados através de exame padronizado para esse tipo de queixa. RESULTADOS: 56 mulheres e 10 homens foram examinados consecutivamente. As idades variaram de 35-83 anos. A localização das queixas foi principalmente na língua e 36 pacientes relataram algum evento precipitante. A Escala Visual Analógica (EVA) a intensidade da ardência (dor) foi: mulheres 7.5 (média) e homens 6.11 (média). Os níveis de estradiol foram baixos (<13 pg/ml); 80% dos pacientes relataram doença crônica associada, 55% usavam dentadura; 54% relataram xerostomia subjetiva; 48% distúrbios subjetivos do sono e 66% gosto fantasma. Não houve diferença da intensidade da EVA (p=0.139) ou dor pelo questionário McGill NWC (p=0.259) and PRI (p=0.276), entre os grupos com e sem eventos precipitantes. CONCLUSÕES: A existência de doenças crônicas associadas, o auto-relato de distúrbios do sono e as alterações de paladar indicam necessidade de avaliação sistêmica cuidadosa nesses pacientes; não houve diferenças entre os grupos com e sem evento precipitante.

Síndrome da Ardência Bucal (SAB); Xerostomia; Dor Orofacial; Dor Facial; Dor Facial Atípica (DFA); Neuralgia Trigeminal (NT)


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