INTRODUÇÃO: A precisão dos métodos de avaliação perioperatória disponíveis é melhor que o acaso, porém está longe do ideal. OBJETIVOS: Comparar um novo método de avaliação perioperatória (EMAPO) ao método do American College of Physicians para determinar o risco cardíaco em cirurgias não cardíacas e buscar novas variáveis envolvidas na determinação deste risco. MÉTODOS: O EMAPO e o método do American College of Physicians foram aplicados em 700 pacientes. A ocorrência de eventos cardíacos e de mortes foi documentada, a relação entre as variáveis de risco e as complicações foi estabelecida e os métodos foram comparados analisando as áreas sob a curva ROC. RESULTADOS: A mortalidade foi 3.4% e a incidência de complicações cardiovasculares 5.3%. A presença de insuficiência renal (p=0.01), cirurgia de grande porte (p=0.004) e cirurgia de emergência (p=0.003) se correlacionaram com a ocorrência de complicações cardiovasculares na análise multivariada. Não houve diferença entre os dois métodos. CONCLUSÕES: O EMAPO é tão eficaz quanto o método do American College of Physicians para determinar o risco de complicações cardiovasculares em cirurgias não cardíacas. Novas variáveis relacionadas com o risco perioperatório foram encontradas.
Avaliação perioperatória; Risco cardíaco; Algorítimos; Fatores de risco; Complicações cardiovasculares