OBJETIVO: Estudar os resultados imediatos e tardios obtidos com a implantação de filtros de veia cava inferior em pacientes com trombose venosa profunda concomitante a neoplasia. MÉTODOS: Avaliamos retrospectivamente 50 pacientes com câncer e trombose venosa profunda associada submetidos a interrupção de veia cava inferior com filtros intraluminais definitivos. Foram estudados aspectos referentes à indicação do procedimento, à técnica de implante dos dispositivos, complicações precoces e tardias relacionadas à operação e à evolução dos pacientes. RESULTADOS: A indicação mais freqüente para o procedimento foi a impossibilidade de anticoagulação plena (80% ) e a via de acesso preferencial foi a punção da veia femoral, realizada em 86% dos pacientes. Não houve complicações relativas ao implante dos filtros. Durante a evolução ocorreram: um episódio de tromboembolia pulmonar não fatal e dois casos de oclusão da veia cava inferior; em um paciente foi demonstrada a presença de coágulo retido no dispositivo. Vinte pacientes (40%) faleceram devido à neoplasia. CONCLUSÃO: A interrupção da veia cava inferior com filtro endoluminal é um procedimento com baixo índice de complicações e eficaz na prevenção da embolia pulmonar nos pacientes com tromobose venosa profunda de membros inferiores portadores de câncer.
Filtros de veia cava; Trombose venosa; Embolia pulmonar; Neoplasias; Veia cava inferior