A maioria dos interpretes atribuem a Nietzsche a tese de que a nossa experiência do mundo é, de algum modo, errônea ou distorcida - em suma, advogam a "tese da falsificação". Em seu influente livro, Maudemarie Clark veio questionar esse consenso, afirmando que o Nietzsche tardio abandonou essa tese epistemológica chave em favor de uma versão de realismo empirista. O objetivo do meu artigo é de responder aos argumentos de Clark mostrando que não há razões para concluir que, nas suas últimas obras, Nietzsche rejeitou a tese da falsificação.
Nietzsche; falsificação; conceptualização; consciência; sensualismo