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Percepção de fala no transtorno específico da aprendizagem com e sem transtorno persistente dos sons da fala

RESUMO

Objetivo

Investigar se a habilidade de percepção de fala pode diferenciar escolares com Transtorno específico de aprendizagem (TAp) com e sem Transtorno Persistente dos Sons da Fala (TPSF).

Método

Participaram da pesquisa 80 crianças, regularmente matriculadas no 2º (N=1), 3º (N=28), 4º (N=29), 5º (N=15), e 6º (N=7) anos, assim reunidos: Grupo Controle (N= 48) - sem queixas, sem alteração de fala; e Grupos Pesquisa (N = 32) - com TAp, sendo GPI (N = 15) sem TPSF e, GPII (N = 17), com TPSF. Duas provas avaliaram input auditivo: Avaliação simplificada do processamento auditivo; e Tarefa de percepção de pseudopalavras com estrutura da língua portuguesa - TDP. Os dados foram analisados pelos testes: Razão de Verossimilhanças, Kruskal-Wallis, Dunn com correção de Bonferroni, Mann-Whitney, correlação de Spearman, além da construção de uma curva ROC para obter um valor de corte para o número de acertos na prova de percepção de não palavras.

Resultados

Controle e GPI mostraram maiores escores de acerto que GPII. Não houve diferença entre as distribuições de acertos do Controle e GPI e do GPI e GPII na TDP e o número de acertos do GC foi maior que o do GPII.

Conclusão

A habilidade de discriminação de pseudopalavras diferenciou os escolares com TAp e TPSF das crianças sem TPSF, caracterizando, assim esse grupo por apresentar número de acertos menor que 30,5, considerada a tarefa proposta para discriminar pseudopalavras. Esses resultados sugerem que a presença do TPSF piorou o desempenho em percepção de fala dos escolares com TAp.

Descritores:
Percepção da Fala; Distúrbios da Fala; Transtorno de Aprendizagem Específico; Ensino Fundamental e Médio; Curva ROC

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