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Teste de Oclusão Contralateral (TOC): o efeito da oclusão do canal auditivo externo com a idade

RESUMO

Objetivo

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da oclusão completa do canal auditivo externo nos limiares auditivos, em indivíduos de idades distintas, para apurar qual o diapasão mais adequado na realização do teste de oclusão contralateral (TOC).

Método

42 indivíduos normo-ouvintes (21-67 anos) foram divididos em três grupos etários (20-30, 40-50 e 60-70 anos). Os participantes foram avaliados com testes de audiometria tonal liminar em campo livre, com e sem oclusão completa do canal auditivo externo. Cada ouvido foi testado para as frequências 250, 500, 1000 e 2000 Hz. No ouvido contralateral, foi realizado mascaramento, para evitar a ocorrência de audição contralateral.

Resultados

Verificou-se aumento dos limiares auditivos, diretamente proporcional ao aumento da frequência (desde 20.85 até 48 dB). A diferença nos limiares auditivos entre a condição de oclusão e de não oclusão foi estatisticamente significativa em todas as frequências e aumentou de forma diretamente proporcional com a frequência (desde 11.1 até 32 dB). Foram também encontradas diferenças estatisticamente significativas para os três grupos etários, em todos os parâmetros, exceto na diferença a 500 Hz e na diferença total média. A perda auditiva média resultante da oclusão aos 500 Hz foi de 19 dB. Não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre o ouvido direito e o esquerdo, e entre o gênero.

Conclusão

A utilização do diapasão de 512 Hz é a mais adequada para o TOC. A sua utilização pode permitir aos clínicos, em ambiente de consulta e de forma rápida, a distinção entre perda condutiva de grau leve a moderada.

Descritores
Perda Auditiva Condutiva; Audiometria; Meato Acústico Externo; Testes Auditivos; Testes Imediatos; Limiar Auditivo

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