1. Alghamdi et al., Inglaterra, 2018 |
Caracterizar as modificações acústica, fonética e articulatória da fala no efeito Lombard |
54 palestrantes, ambos os sexos. |
Ler 100 frases aleatorizadas Com exposição ao ruído de 80dB. |
f0, média de volume, energia espectral, média da duração da vogal |
Houveram modificações acústicas e articulatórias para todos os participantes. No maior aumento na duração estimada da vogal houve uma redução expressiva na frequência do segundo formante. |
2. Castro et al., Chile, 2018. |
Comparar os parâmetros acústicos aerodinâmicos, biomecânicos e neurofisiológicos de indivíduos saudáveis e com disfonia na exposição do efeito Lombard. |
10 indivíduos, ambos os sexos, saudáveis e com disfonia por tensão muscular. |
Pronunciar uma série de vogais e sílabas, exibidas em uma tela, sem e com ruído de 80dB e após o uso do ruído. |
Videolaringoscopia, medidas aerodinâmicas e acústicas. |
Sujeitos com disfonia por tensão muscular podem ser mais sensíveis ao efeito Lombard e terem maior dificuldade para retornar ao ajuste usual. Acredita-se que esses pacientes tem uma integração do controle auditivo-motor interrompida durante a produção da fala. |
3. Fernandes et al., Brasil, 2018 |
Avaliar a influência do feedback auditivo na intensidade e na frequência da voz, em indivíduos sem queixas vocais |
40 mulheres sem queixas vocais. |
Produzir a vogal /a/, dizer os dias da semana e cantar antes, durante e após exposição a 80 dB de ruído branco por fones de ouvido. |
Intensidade e frequência da voz, antes, durante e após a exposição ao ruído. |
A condição de exposição ao ruído provoca aumento da intensidade da voz e a interrupção da exposição ao ruído ocasiona diminuição da intensidade vocal em mulheres sem queixas. |
4. Lijima et al. Japão, 2016. |
Investigar os efeitos do mascaramento do feedback auditivo em tarefa de canto. |
6 homens |
Cantar uma vogal /a/ firme nos tons: C3, G3 e C4 por 5 segundos sob ruído rosa de 85 dB, ruído rosa de 85 dB com filtro passa baixa de 2 kHz e sem mascaramento. |
F0, nível de pressão sonora e formantes 1 e 2 em cada condição. |
O nível de pressão do som e das frequências do formante 1 e 2 aumentaram sob o ruído em ambos os experimentos. O nível de pressão sonora e formante 1e 2 frequências diminuíram quando o filtro passa-alta de 2 kHz foi usado. |
5. Kleber et al., Canadá, 2016. |
Testar como o mascaramento do feedback auditivo afeta a precisão de afinação e atividade cerebral correspondente em cantores treinados e não treinados. |
22 cantores, (4 M e 19 F), alocados em treinados e não treinados. |
Ouvir e cantar os tons (Entre C# 3 a D5 para mulheres e F2 e B3 para homens), com e sem mascaramento inserido por fones de ouvido. |
Ressonância magnética durante a exposição ao ruído. |
A correspondência de precisão do pitch não foi afetada pelo mascaramento em cantores treinados, mas diminuiu em não cantores. A ínsula direita foi regulada para cima durante o mascaramento em cantores, mas regulada para baixo em não cantores. A conectividade funcional com parietal inferior, frontal e as áreas sensório-motoras relevantes para a voz aumentaram nos cantores, mas diminuíram em não cantores. |
6. Yiu e Yip. China, 2015. |
Investigar os efeitos do ruído ambiental na intensidade vocal e f0 usando um acelerômetro. |
24 jovens adultos (2 grupos de 12 F e 12 H). |
Ler texto, de 3 a 5 minutos, nas condições:1. sala silenciosa (35,5 dB);2. sala com nível moderado de ruído ambiente (54,5 dB); 3. uma sala com ruído ambiente alto (67,5 dBA). |
variações de F0, percepção de esforço, nível de pressão sonora e medidas de dose vocal. |
Ambos os grupos apresentaram aumentos na intensidade vocal, F0 e percepção do esforço vocal no ambiente de alto ruído do que nas outras duas condições. Os resultados apoiam que os níveis de ruído para conversação devem ser mantidos <50–55 dB para manter a inteligibilidade da fala. |
7. Erdemir e Rieser. EUA, 2012. |
Investigar os efeitos da exposição ao ruído no controle das habilidades de canto em cantores treinados e não treinados. |
42 indivíduos; ambos os sexos. Grupo cantor, grupo instrumentistas e grupo de não músicos. |
Cantar uma mesma música sob as condições com e sem mascaramento (som de conversação e música) inserindo por fones de ouvido, em 95dB. Os participantes foram instruídos a tentar manter a intensidade vocal em 80 dB a partir de feedback visual. |
Análise acústica, variações da F0. |
O feedback auditivo é um fator importante para manter a precisão do tom e do tempo mesmo após anos de treinamento musical. Cantores dependeram menos do feedback auditivo. Os instrumentistas e não músicos foram prejudicados pela ausência do feedback auditivo. |
8. Li e Jeng. China, 2011. |
Examinar a manutenção do tom da voz, durante modificações no feedback auditivo observando os efeitos da relação sinal ruído em várias intensidades de estímulo. |
12 adultos (5 M e 7 M) |
Produzir vogal /i/ sob seis condições de relação sinal ruído (12, 6, 0, 6 e 12 dB) em três diferentes intensidades de mascaramento auditivo por fones de ouvido (70, 55 e 40 dB) durante a fonação. |
Eletroencefalografia, variações da F0. |
Existe uma tolerância de controle do pitch em relação ao ruído. Existe uma relação sinal ruído mínima para avaliar processamento do pitch.
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9. Caldeira et al., Brasil, 2011. |
Verificar e comparar a ocorrência das modificações vocais de repórteres e não-repórteres na presença de ruído mascarante. |
46 sujeitos, ambos os sexos alocados: 23 repórteres e 23 não-repórteres. |
Ler um trecho de uma matéria de jornal (36 palavras) sob as condições: sem ruído, com ruído de 50 dB e com ruído de 90 dB. Os ruídos foram inseridos por fones de ouvido |
Avaliação perceptiva auditiva e análise acústica. |
Com 50 dB de mascaramento, houve maior aumento nos parâmetros pitch (82,6%), loudness (91,3%) e tensão (82,6%) no grupo controle, quando comparado ao grupo dos repórteres. O mesmo ocorreu com ruído de 90 dB para os parâmetros pitch (95,7%), loudness (100%) e tensão (91,3%). Os repórteres demonstram conseguir inibir parcialmente o impacto negativo das situações de ruído. |
10. Grillo et al., EUA, 2010. |
Explorar os efeitos de mascaramento auditivo na resistência laríngea quando o indivíduo produzia uma voz soprosa, normal e tensa de mulheres treinadas. |
18 mulheres vocalmente treinadas. |
Produzir vozes soprosa, normal e tensa em 7 frequências fundamentais (220 Hz, 277 Hz, 349 Hz, 440 Hz, 554 Hz, 698 Hz e 880 Hz) durante uma emissão repetida de /pi/ sob feedback auditivo normal e mascarado com ruído de 104 dB. |
Médias e desvio padrão da resistência laríngea, medidas aerodinâmicas. |
Os valores da resistência laríngea para voz soprosa e normal permaneceram constantes em ambos os feedbacks enquanto que para voz tensa, aumentaram no feedback mascarado. A voz tensa pode ser mais suscetível à influência do feedback auditivo porque é menos estável do que os outros padrões testados. |
11. Lindstrom et al., Suécia, 2009. |
Investigar as correlações entre o nível de ruído e a F0 em uma população de professores de pré-escola em seu local de trabalho. |
13 professoras de pré-escola. |
Atividade usual de docência de 3 à 4 horas de aula enquanto era mensurado a intensidade produção vocal (por meio de microfone acoplado próximo da boca, e o nível de ruído do ambiente (mensurado por decibelímetro). |
Dose vocal, nível de pressão sonora da voz e o nível do ruído local. |
O comportamento vocal em relação à exposição ao ruído é altamente individual com base nos parâmetros analisados. A redução do nível de ruído não acompanhou, necessariamente, a redução do nível de pressão sonora emitido pelo participante. |
12 Larson et al., EUA, 2008. |
Testar as modificações vocais na F0 e controle de amplitude durante perturbações simultâneas de tom de voz e feedback auditivo de intensidade. |
24 sujeitos testados (2 M e 22 F). |
Sustentar uma vogal /u/ nas condições: 1. Alterar a frequência em 0,5 semitons para baixo ou para cima; 2. Alterar a intensidade em 10 dB acima do sinal produzido; 3. Alterar a intensidade e a frequência nos padrões anteriormente apresentados. |
Modificações de intensidade e F0. |
Os sujeitos responderam à direção oposta dos estímulos de deslocamento de frequência ou intensidade. Dependendo da direção do estímulo, ambas as respostas podem mudar na mesma direção ou na direção oposta um do outro. |
13. Lee et al., EUA, 2007. |
Investigar a relação entre a função auditiva e a F0 usando mascaramento binaural com ruído durante vocalizações de vogais sustentadas. |
8 indivíduos saudáveis (4 M e 4 F). |
Produzir vogal sustentada /a/ nas intensidades de 65 a 75 dBA e 90 a 100 dBA com e sem a presença de 85 dB de ruído inserida por fones de ouvido. |
Modificações da F0. |
Houve um aumento na faixa de frequência de <3 Hz durante a inserção do ruído. Um controle de feedback negativo na F0 é sugerido em relação às modulações F0 menores que 3 Hz. O sistema auditivo ajuda a controlar a estabilidade da F0 durante a produção sustentada de vogais. |
14. Ferrand, EUA, 2005. |
Investigar a estabilidade fonatória medindo mudanças na intensidade, F0, jitter e NHR, em diferentes condições de ruído. |
22 mulheres sem queixas. |
Três emissões prolongadas da vogal /a/ para cada proposições: 1. nível de ruído (0-dB ML); 2. 50-dB de ruído inserido por fones de ouvido; 3. 80 dB de ruído inserido por fones de ouvido. |
Medidas acústicas de frequência e intensidade. |
Houve aumento na intensidade da produção vocal nas duas condições de ruído. Houve também um aumento na frequência fundamental (F0), porém, de forma menos robusta. |
15. Deliyski et al., EUA, 2005. |
Investigar a influência do ruído na precisão, confiabilidade e validade das medidas acústicas de qualidade de voz para gênero, idade, variabilidade intersujeitos e intrassujeitos. |
20 participantes de ambos os sexos. |
Produzir vogal sustentada /a/ por 10 segundos à 88dB, inseridos por fones de ouvido, durante a presença e ausência de ruído em relações de 42 dB acima, 30 dB acima e 30 dB abaixo da intensidade de produção. |
Medidas acústicas, |
Os resultados sugerem que o recomendado, aceitável e níveis inaceitáveis de ruído no ambiente acústico estão acima de 42 dB, acima de 30 dB e abaixo de 30 dB de relação sinal-ruído, respectivamente. |
16. Mürbe et al., Alemaha, 2003. |
Avaliar o efeito do treinamento no controle do canto em tarefas de legato e staccato, andamento lento e rápido em alunos com 3 anos de educação musical. |
22 cantores treinados, ambos os sexos. |
Cantar a vogal /a/ em uma escala ascendente e um padrão de tríade descendente cobrindo toda a sua faixa de afinação, com e sem mascaramento de 105dB, inserido por fone de ouvido, em legato e staccato e em um ritmo lento e rápido. |
F0 e comparação entre intervalos e afinação. |
O mascaramento comprometeu a precisão da afinação, por staccato e legato, e por performance rápida em oposição à performance lenta. O feedback cinestésico contribui para a precisão da afinação em cantores treinados. |
17. Mürbe et al., Alemanha, 2002. |
Estimar a importância dos feedbacks auditivo e cinestésico para o controle da afinação da voz em 28 alunos iniciantes profissionais de canto solo. |
28 cantores, ambos os sexos, (17 F e 11 H). |
Cantar a vogal /a/ em uma escala ascendente e um padrão de tríade descendente cobrindo toda a sua faixa de afinação, com e sem mascaramento de 105dB, inserido por fone de ouvido, em legato e staccato e em um ritmo lento e rápido |
Medida da precisão da F0 por meio de Software. |
O mascaramento comprometeu a precisão do pitch em 14% em todos os sujeitos nas condições do andamento rápido, staccato e legato. O feedback auditivo contribui para controle da afinação dos cantores. |
18. Tonkinson. EUA, 1994. |
Comparar o nível de resposta de intensidade vocal de adultos cantores com diferentes tempos de treinamento antes e após instruções verbais para resistir ao efeito Lombard ao cantar com uma fita pré-gravada de um coral cantando. |
27 indivíduos de ambos sexos. |
Cantar e ignorar, por meio de comandos verbais, o efeito Lombard que era produzido a partir da inserção, por fones na intensidade de 80 a 100 dB, de áudio contendo gravação de outras pessoas cantando o mesmo trecho da música. |
Nível de pressão sonora. |
Ambos os grupos conseguiram resistir ao efeito Lombard a partir de ordens simples dadas pelo avaliador. |
19. Herbert et al., EUA, 1988. |
Testar a resistência do efeito Lombard quando os indivíduos são instruídos e treinados com feedback visual para suprimi-lo. |
24 estudantes, ambos os sexos, alocados: G1 (intensidade vocal constante durante 2 minutos alternando períodos de silêncio e ruído com feedback visual para resistir ao efeito Lombard), G2 (As mesmas instruções que o G 1, mas sem feedback), G3 (sem instrução nem feedback visual). |
Falar espontaneamente durante a sessão por 20 minutos enquanto recebiam o ruído branco de 90 dB por fones de ouvido. |
Variações da intensidade de fala. |
Os indivíduos que tinham o apoio visual, conseguiram inibir a resposta de Lombard e a inibição permaneceu depois que o feedback visual foi removido. A resposta do Lombard é, em grande parte, automática e involuntária. |
Efeito Sidetone
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Autor, país, ano
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Objetivos
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Amostra
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Tarefa
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Variáveis
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Principais achados e conclusão
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1. Nudelman et al., EUA, 2021, |
Examinar os efeitos da amplificação do feedback auditivo por condução óssea nos parâmetros vocais acústicos e na autoavaliação subjetiva do esforço vocal em pacientes com distúrbios vocais. |
47 disfônicos (14H e 13M) |
Realizar leitura de textos sob três condições: amplificação do feedback auditivo em 54 dB NA e 58 dB NA, e sem amplificação. Amplificação realizada por microfone e fones de ouvido |
Esforço vocal autopercebido e registrado em EVA, Nível de adaptação da pressão sonora da voz |
Existe uma adaptação positiva consistente no nível de pressão sonora hiperfunção vocal, insuficiência glótica e patologias laríngeas quando submetidos a tarefa de amplificação com maior intensidade (58dB). |
2. Tomassi et al., EUA, 2021 |
Determinar o potencial terapêutico dos efeitos da amplificação na função vocal durante a telecomunicação audiovisual |
18 participantes (8H e 10M). |
Tarefa de conversação em três condições: sem amplificação, com amplificação sidetone baixa e elevada, durante 10 minutos |
Intensidade vocal, qualidade vocal e esforço autopercebido. |
Houve diminuições na intensidade vocal durante a condição de amplificação do feedback auditivo e os participantes perceberam menos esforço vocal durante a amplificação. Resultados indicaram possível melhora da qualidade vocal |
3. Assad et al., Brasil, 2017 |
Determinar se a amplificação da voz influencia na dose vocal em professoras com disfonia. |
15 professoras com disfonia funcional. |
Dois momentos de avaliação.1º Momento: lecionar com sistema eletrônico portátil de amplificação sonora por 92 minutos; 2º Momento: lecionar sem sistema de amplificação sonora por 92 minutos. |
Intensidade, frequência fundamental, porcentagem de fonação, dose cíclica e dose distância. |
O uso de amplificação vocal em professores promove uma redução da F0 e da intensidade da voz. As doses de ciclo e doses de distância mostraram que a amplificação permite que o professor mantenha o mesmo tempo de fonação, mas diminui o número de oscilações das pregas vocais (dose cíclica) e a distância total percorrida pelo tecido das pregas vocais durante a fonação (dose à distância), reduzindo a exposição das pregas vocais ao trauma vocal. |
4. Gaskill et al., EUA, 2011 |
Determinar o efeito de um amplificador de voz portátil na dose vocal em professores com e sem queixas vocais. |
2 professoras, com e sem queixas vocais. |
Lecionar uma semana com e uma semana sem uso de um sistema de amplificação da voz portátil e com uso de dosímetro vocal todo o experimento. Cada semana durou cinco dias contando um turno por dia. |
Cíclica, dose de distância e intensidade. |
O uso do amplificador foi eficiente para reduzir a carga vocal, devido a diminuição da intensidade de fala. A amplificação reduz a dose de distância e parece diminuir a dose cíclica. |
5. Nsdottira et al., Islandia, 2003. |
Investigar as mudanças na qualidade da voz dos professores durante duas situações: uma jornada de trabalho em condições normais e outra com amplificação de som. |
5 professores (3M e 2H) |
Lecionar durante o dia de trabalho mais difícil em condições normais e amplificadas por sistema de microfone e caixa de som calibrada para sinal máximo de 80 dB. As gravações foram realizadas na primeira e última aula do turno do professor com duração de 40 minutos cada. |
F0, nível de pressão sonora e questionários contendo a opinião dos participantes e análise acústica. |
Os professores relataram menos cansaço quando utilizaram o amplificador. As vozes gravadas, durante o uso do amplificador, foram consideradas menos tensas. Na análise acústica foi encontrada a diminuição da inclinação espectral nas vozes que utilizaram o amplificador. |
6. McCormick et al., EUA, 2002 |
Examinar a eficácia do Sistema de Amplificação de Voz Portátil ChatterVox (Siemens Hearing Instruments) para reduzir o nível de pressão sonora (NPS) da voz de palestrantes durante uma aula simulada em sala de aula. |
10 palestrantes. |
Ler texto foneticamente balanceado, utilizando um amplificador de voz, acoplado a caixas de retorno do som. O participante tinha o feedback auditivo amplificado por 2 minutos de leitura e no meio da tarefa de amplificação era desligada e o participante lia por mais 2 minutos. O nível de adaptação da voz era medido próximo da boca e no fundo da sala. |
Medidas de intensidade de voz. |
Observou-se diminuição média na intensidade vocal em nível da boca de 6,03 dB NPS e um aumento médio de 2,55 dB NPS no fundo da sala. O dispositivo de amplificação ChatterVox reduz o nível de intensidade vocal no microfone. |
7. Jónsdottir et al., Finlandia, 2002. |
Investigar as mudanças na fala durante um dia de trabalho do professor em condições normais e ao usar um aparelho de amplificação da voz. |
3 professoras e 2 professores |
Lecionar durante um dia de trabalho intenso em condições normais e amplificadas por sistema de microfone e caixa de som calibrada para sinal máximo de 80 dB. As gravações foram realizadas na primeira e última aula do turno do professor com duração de 40 minutos cada. |
F0, nível de pressão sonora e questionários contendo a opinião dos participantes. |
Um aumento em F0 e nível de pressão sonora foi encontrado durante o experimento, mas a mudança foi maior na F0 quando a amplificação foi usada. Todos os professores relataram menos cansaço vocal ao usar a amplificação. Os resultados apoiam a sugestão de que um o aumento da F0 e nível de pressão sonora não são apenas um sinal de fadiga vocal, mas pode até refletir uma adaptação adequada à demanda vocal. |
8. Jónsdóttir, Islandia, 2002. |
Verificar se o uso de amplificação de som em sala de aula tem efeitos benéficos na produção e resistência vocal de professores Determinar os efeitos negativos da amplificação para o falante e o ouvinte. |
33 professores e 791 alunos. |
Professores lecionaram com e sem amplificação da própria voz durante uma semana em cada condição. O sistema de amplificação foi por meio de microfones de lapela e a recepção por meio de caixas de som externas. |
Percepção dos alunos e autopercepção dos professores |
97% dos professores relataram produção de voz mais fácil, 82% melhoraram a resistência vocal. 84% dos alunos acharam mais fácil ouvir e 63% dos alunos melhoram a concentração quando a amplificação foi usada. Os pontos negativos relatados por professores e alunos foram problemas técnicos com os aparelhos. |
9. Laukkanen et al., Finlandia, 2002 |
Investigar os efeitos do HearFones pela autopercepção, analise perceptiva auditiva e acústica sobre a intensidade recebida, qualidade da voz nas tarefas de canto, vocalização e leitura |
Teste 1: 2F e 2M. Teste 2: 9F, 4 M. Teste 3: 6 fonoaudiólogas. |
Testes: 1 - Amostra de leitura de texto com e sem HearFones. 2 – Amostra de canto com e sem Hearfones. 3 – Emissão da vogal /pá/, leitura de texto e canto, com e sem HearFones. |
Analise acústica, eletroglotografia, analise perceptiva auditiva, autopercepção da qualidade e conforto vocal |
O HearFones parece melhorar os harmônicos da voz e diminuir a intensidade vocal. Os participantes perceberam suas vozes “menos tensas” e “com melhor controle”. A eletroglotografia indicou melhor fechamento glótico e/ou diminuição da atividade do músculo tireoaritenóideo durante o uso do aparelho. |
10. Roy et al., EUA, 2002 |
Comparar os efeitos das orientações sobre higiene vocal versus amplificação de voz em professores com problemas de voz. |
44 professores com queixas vocais, alocados em 3 grupos: Grupo controle, grupo higiene vocal e grupo amplificador portátil sonoro (Chatter Vox). |
Os participantes de cada grupo foram instruídos a utilizarem as estratégias de higiene vocal, uso do amplificador ou nenhuma intervenção de acordo com sua alocação no grupo por seis semanas |
Autopercepção de desvantagem vocal e gravidade do problema de voz e percepção da estratégia utilizada, análise acústica e perceptiva auditiva. |
Não houve diferenças entre os grupos de amplificação sonora e higiene vocal. O grupo da amplificação relatou maior clareza e maior facilidade de produção de voz com maior adesão à estratégia proposta. As descobertas apoiam a utilidade clínica da amplificação sonora como alternativa para na reabilitação dos problemas vocais em professores. |
11. Nsdottir et al., Finlandia, 2000 |
Testar se a amplificação sonora reduz a carga de produção vocal |
5 mulheres. |
Leitura de texto com 133 palavras em circunstâncias normais, ouvindo sua própria voz amplificada, por fones de ouvido e com feedback auditivo amortecido por tampões de espuma inseridos no canal auditivo externo. |
Modificações acústicas de F0 e nível de pressão sonora. |
A F0, nível de pressão sonora e o primeiro formante diminuíram durante o feedback amplificado e amortecido. Os resultados sugerem que tanto a amplificação quanto o amortecimento do feedback auditivo podem reduzir a carga vocal durante a fonação. |
12. Chang-Yit et al., EUA, 1975 |
Avaliar o efeito e a estabilidade da amplificação da própria voz em diferentes condições de amplificação ao longo do tempo. |
Experimento 1 = 9 universitários; experimento 2 = 6 universitários. |
Experimento 1: fala espontânea durante 12 min enquanto a voz era amplificada em 20dB; experimento 2: fala espontânea durante 6 min enquanto a voz era amplificada em 20dB ou 10dB e fala durante 6 minutos enquanto a voz era amplificada e adicionado um ruído 80 db. O experimento 2 foi repetido por 5 dias. |
Modificações no nível de pressão sonora na modificação da voz. |
O ajuste compensatório na voz no experimento 1 foi a redução de 7 dB para 20 dB de amplificação. No experimento 2 o efeito foi o mesmo em todas as repetições do experimento. A apresentação contínua do ruído não dessensibiliza o sujeito quanto ao efeito da inserção do ruído. O efeito de amplificação é um componente de regulação da fala. |
Efeitos Sidetone e Efeito Lombard
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Autor, país, ano
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Objetivos
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Amostra
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Tarefa
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Variáveis
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Principais achados e conclusão
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1. Bottalico et al., EUA, 2016 |
Avaliar os efeitos na imprecisão da afinação entre as notas de referência e a nota cantada nas condições: 1) nível de feedback externo, (2) andamento (lento ou rápido), (3) articulação (legato ou staccato), (4) tessitura (baixa, média ou alta) e (5) direção de semi-frase (ascendente ou descendente) |
20 sujeitos, ambos os sexos, alocados em cantores profissionais e semiprofissionais. |
Cantar repetições de arpejos em diferentes andamentos e articulações sob as condições de feedback inalterado, feedback aumentado por painéis reflexivos e feedback diminuído por tampões de ouvido. |
Precisão de afinação. |
A imprecisão foi maior quando o andamento era mais rápido e a articulação do tipo staccato em cantores semi profissionais. Porém, cantores profissionais foram mais precisos na condição do feedback diminuído do que nas outras condições de feedback externo. Com o aumento do treinamento, a imprecisão da afinação do cantor diminui. |
2. Bottalico et al., EUA, 2015 |
Analisar o efeito Lombard, A relação do nível de pressão sonora e do feedback auditivo, a relação entre a qualidade da voz e o feedback auditivo externo, nível de acompanhamento, registro de voz e o gênero do cantor em cantores profissionais e não profissionais. |
10 cantores amadores e 10 cantores profissionais de ambos sexos. |
Cantar trechos de uma mesma música nas condições: feedback auditivo sem alterações, amplificação e diminuição do feedback auditivo durante o uso de um acompanhamento musical em três níveis (70, 80 e 90 dBA) inserido por fones de ouvido. |
F0, qualidade de voz. |
O efeito Lombard foi mais forte para amadores, os níveis mais altos de feedback auditivo externo foram associados a uma redução no nível de pressão sonora e este efeito foi mais forte em cantores amadores. A melhor qualidade de voz foi detectada na presença de níveis mais elevados de feedback auditivo externo. |
3. Bottalico et al., EUA, 2015 |
Avaliar os efeitos do estilo de voz (suave, normal e forte), nível de ruído de fundo e feedback auditivo externo sobre esforço vocal e conforto vocal autorreferido, controle e fadiga vocal. |
20 indivíduos sem queixas. |
Ler um texto de forma suave, normal e forte com duração entre 1 e dois minutos, em uma sala semi-reverberante com e sem painéis que aumentavam o Feedback auditivo, e em condições de ruído de 40 dB e de 61 dB |
Autopercepção de fadiga, conforto e controle vocal |
Os participantes aumentaram seu nível de fadiga na presença de ruído e quando instruídos a falar em um estilo forte. Eles diminuíram a fadiga quando o feedback foi aumentado e ao falar em um estilo suave. Na autopercepção, houve uma preferência pelo estilo normal sem ruído. |
4. Siegel e Pick, EUA, 1995 |
Verificar as mudanças no nível de pressão sonora quando há aumento ou diminuição do feedback auditivo, na presença ou ausência de ruído em condições normais ou instruídas à compensar mudanças. |
20 indivíduos de ambos sexos. |
Falar espontaneamente durante amplificação ou redução do feedback auditivo de sua voz em 20 dB. Primeira instrução: realizar compensações necessárias para os diferentes tipos de manipulação. Na segunda instrução: não alterar o nível de pressão sonora em vista das modificações. |
Modificações no nível de pressão sonora. |
O efeito de redução ou amplificação foi maior quando os sujeitos foram instruídos a compensar as modificações de alterações no volume. A presença do ruído aumentou as respostas de compensação dos sujeitos. A presença do ruído aumenta a resposta às manipulações do feedback auditivo. |