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Percepção olfativa e gustativa na doença de Parkinson

RESUMO

Objetivo

Analisar a percepção e discriminação olfativa e gustativa e a autopercepção do olfato e paladar em pessoas com Doença de Parkinson, comparando-as com indivíduos hígidos.

Método

Estudo observacional, analítico, transversal e quantitativo. Verificou-se a percepção e a discriminação olfativa e gustativa em indivíduos com Doença de Parkinson, comparados a um grupo controle, pareado por sexo e idade, por meio dos Testes de Percepção Olfativa e de Tiras Gustativas, respectivamente, após limpeza nasal e escovação oral. A autopercepção foi avaliada pela Escala Visual Analógica antes e após os testes específicos de percepção e discriminação.

Resultados

Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, sendo 35 com Doença de Parkinson e 20 designados ao grupo controle, pareados pela média de idade. A autopercepção olfativa do grupo com Doença de Parkinson melhorou após o teste olfativo. Não houve diferença na autopercepção gustativa no grupo Doença de Parkinson antes e após o teste gustativo. No teste de avaliação da percepção olfativa, o grupo Doença de Parkinson discriminou menos essências que o grupo controle. Ambos os grupos apresentaram semelhante percepção e discriminação gustativa.

Conclusão

A percepção olfativa das pessoas com Doença de Parkinson foi menor, comparativamente ao grupo de indivíduos hígidos e a autopercepção da eficácia olfativa melhorou após o teste, em ambos os grupos. Quanto ao paladar, não houve diferença na percepção e discriminação entre os grupos, o sabor azedo foi o mais identificado e houve melhora na autopercepção da eficácia gustativa somente no grupo sem a doença de Parkinson, após o teste.

Descritores
Doença de Parkinson; Olfato; Paladar; Percepção; Autopercepção

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