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Fatores associados ao escore de ansiedade de mães surdas e ouvintes

RESUMO

Objetivo

Associar a ansiedade materna aos fatores sociodemográficos, pratica de aleitamento, hábitos bucais e ingresso da criança em creche entre mulheres surdas e ouvintes.

Método

Participaram deste estudo transversal retrospectivo comparativo, 116 mães (29 surdas e 87 ouvintes) de crianças na faixa etária entre dois e cinco anos. As mães surdas pertenciam a um centro de referência da cidade e as mães ouvintes foram contatadas em creches públicas, onde seus filhos estavam matriculados. As mães foram submetidas a entrevista sobre fatores socioeconômicos e relacionados ao desenvolvimento dos filhos, além de realizarem o preenchimento do Inventário Brasileiro de Ansiedade de Beck, nas versões para surdos e ouvintes, que foram instrumentos usados para avaliar a ansiedade. O teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov, os testes de Kruskal Wallis, Mann-Whitney e Regressão de Poisson foram utilizados para análises estatísticas (p <0,05).

Resultados

Mães surdas apresentaram escore de ansiedade uma vez e meia maior que mães ouvintes. Além disso, mães de crianças com hábito de sucção de dedo apresentaram maior escore de ansiedade e mães cujos filhos começaram a frequentar a creche ainda bebês apresentaram menor escore de ansiedade, quando comparados a crianças sem o hábito e que não frequentavam a creche.

Conclusão

Mães surdas apresentaram maior ansiedade quando comparadas às ouvintes. Comportamento dos filhos com hábitos de sucção de dedo e o ingresso em creches no primeiro ano de vida influenciaram a ansiedade materna.

Descritores:
Ansiedade; Comportamento; Surdez; Epidemiologia; Mulher

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