Objetivo:
Verificar a associação entre prontidão para mudanças de comportamento e queixa de disfonia autorreferida pelas professoras da rede municipal de ensino de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
Métodos:
Foi aplicada a escala URICA-VOZ para a mensuração dos estágios motivacionais em 138 professoras. A prontidão para mudança constituiu a variável desfecho e as variáveis independentes se referiram a questões sociodemográficas, econômicas, ocupacionais, estilo de vida, saúde geral e sobre a própria voz.
Resultados:
A maioria (59,4%) se encontrava no estágio de pré-contemplação da escala avaliada. As variáveis que permaneceram associadas à mudança comportamental quanto à voz foram o uso de medicamento, a percepção de falha na voz e a procura por tratamento fonoaudiológico.
Conclusão:
A baixa prontidão para mudança sugere a necessidade de conscientização quanto aos riscos do mau uso e abuso da voz e benefícios em relação à saúde geral e vocal. Os resultados obtidos poderão fornecer estratégias para intervenções de saúde pública ao lidar com as pessoas em diferentes estágios do processo de tomada de decisão.
Voz; Distúrbios da Voz; Promoção da Saúde; Docentes Fonoaudiologia