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Sinais e sintomas dos Transtornos Temporomandibulares em Idosos

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de Transtornos Temporomandibulares (DTM) em idosos e sua associação com a palpação da articulação temporomandibular (ATM), dos músculos mastigatórios e cervicais, bem como com a presença de dores de cabeça e ruídos articulares.

Métodos:

A amostra foi composta por 200 idosos, de ambos os gêneros (média de idade: 69,2±5,7 anos). A avaliação clínica dos sinais e sintomas foi dividida em três etapas: aplicação de questionário anamnésico, avaliação da ATM e exame muscular. Os resultados foram avaliados por meio de estatística descritiva, teste do χ2 e teste de tendência.

Resultados:

A presença de DTM foi observada em 61% da amostra (leve: 43,5%, moderada: 13%, intensa/grave: 4,5%). Verificou-se prevalência significantemente maior de DTM para as mulheres (72,4%) em comparação aos homens (41,1%) (p<0,0001). Houve associação significante entre a severidade da DTM e a presença de dor à palpação da ATM (p=0,0168), dos músculos mastigatórios (p<0,0001) e cervicais (p<0,0001). Observou-se associação significante entre a frequência de dores de cabeça e a presença de DTM (p=0,0001). Não houve associação significante entre a presença de ruídos articulares e a sensibilidade à palpação da ATM.

Conclusão:

Os idosos apresentaram alta prevalência de DTM, em sua maioria no gênero feminino, de grau leve, relacionada à palpação na ATM e nos músculos mastigatórios e cervicais. Assim, é essencial a realização de um completo exame clínico para investigar a presença desses transtornos, especialmente durante o tratamento de idosos.

Transtornos da articulação temporomandibular; Articulação temporomandibular; Idoso; Envelhecimento


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