RESUMO
Objetivo
O COVID-19 impôs inúmeros desafios aos programas educacionais que tiveram que se adaptar rapidamente ao aprendizado remoto on-line (ARO) para garantir a continuidade da formação dos profissionais de saúde durante a pandemia. O objetivo do estudo foi avaliar a percepção de alunos e professores sobre o processo ensino-aprendizagem dos cursos de graduação em Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional de uma universidade pública brasileira.
Métodos
Foi utilizado um questionário eletrônico autoaplicável com questões de múltipla escolha em escala Likert de 1 a 5; quanto maior a pontuação, maior o nível de concordância/importância/satisfação.
Resultados
A maioria dos alunos de graduação e professores tinha experiência anterior no uso de tecnologias de informação e comunicação, e 85% afirmaram preferir o ensino presencial. Os alunos expressaram preferência por metodologias de aprendizagem mais ativas, com objetivos claros, conteúdo acessível e visualização de conceitos abstratos. Em relação aos benefícios e barreiras, algumas percepções semelhantes foram observadas entre alunos e professores com ARO favorecendo a gestão do tempo, benefícios no processo ensino-aprendizagem, satisfação e motivação com o conteúdo do curso e baixa frequência às atividades acadêmicas gerais por ausência ou dificuldade de acesso aos recursos tecnológicos.
Conclusão
O ARO pode ser uma modalidade alternativa de aprendizado quando as aulas presenciais não podem ser realizadas, como no caso da pandemia do COVID-19. Porém, o ARO é inadequado para substituir a aprendizagem presencial, embora possa complementar a educação presencial tradicional em um modelo híbrido, respeitando a natureza de cada programa na área da saúde que exige formação prática presencial.
Descritores:
Covid-19; Docentes; Educação a Distância; Estudante; Ensino