OBJETIVO:
Identificar os principais fatores de risco relacionados à criança e seus pais associados às alterações fonoaudiológicas.
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo e prospectivo realizado com 170 crianças e seus respectivos pais atendidas em uma clínica-escola no período de março de 2010 a julho de 2012. Utilizou-se o Protocolo para identificação de fatores de risco para a alteração de linguagem e fala, desenvolvido para este estudo. Os dados foram tabulados e submetidos à análise descritiva e inferencial por meio do Χ2 e Teste t de Student.
RESULTADOS:
O perfil sociodemográfico é de crianças do gênero masculino, com quatro e cinco anos de idade, da raça declarada branca, moradores da região Oeste da cidade de São Paulo e cujos pais tinham ensino médio completo. Os fatores relacionados à família considerados de risco para a alteração de linguagem foram ser filho único e ter antecedentes familiares. Quanto à saúde da criança, a prematuridade, internações por longo período e presença de hábitos orais deletérios também foram considerados fatores de risco.
CONCLUSÃO:
O protocolo permite estabelecer os principais fatores de risco fonoaudiológicos em crianças. Sugere-se que as crianças que apresentam um ou mais fatores de risco citados acima devam ser acompanhadas periodicamente quanto ao desenvolvimento da fala e linguagem e, se necessário, encaminhadas para intervenção precoce.
Fatores de risco ; Atenção primária à saúde ; Linguagem infantil ; Fonoaudiologia ; Criança