INTRODUÇÃO: Tendo em vista a relevância da investigação sobre a função pragmática para o diagnóstico dos transtornos de linguagem e a necessidade da utilização de testes com evidências de validade, o objetivo deste trabalho foi examinar a equivalência psicométrica entre as versões americana e brasileira do Test of Pragmatic Language - Second Edition (TOPL-2).
MÉTODO: Um total de 81 escolares do terceiro ao sétimo ano do ensino fundamental público do município de São Paulo (63% meninas; média de idade=9,42, DP=0,93) foi escolhido por seus professores em função da ausência de queixas ou indicadores de baixo rendimento escolar. Responderam à aplicação oral de questões da versão traduzida e adaptada para o português brasileiro do TOPL-2. Replicaram-se alguns dos estudos conduzidos para a padronização americana (versão original) com a análise de dificuldade, consistência interna, discriminação e funcionamento diferencial.
RESULTADOS: A maioria dos itens (86%) apresentou dificuldade semelhante à da amostra americana. Os valores de consistência interna mostraram-se dentro dos limites aceitáveis (0,70). Poucos itens (26%) tiveram discriminação adequada, porém 49% mostraram-se próximos do desejável. Oito itens apresentaram funcionamento diferencial, cinco favoráveis aos meninos.
CONCLUSÃO: Apesar das limitações de tamanho e variabilidade da amostra, quase metade dos itens demonstrou equivalência psicométrica com a versão americana.
Testes de Linguagem; Psicometria; Dificuldade; Discriminação; Fonoaudiologia