RESUMO
Objetivo:
Determinar a eficácia e segurança de hastes de crescimento no tratamento de escoliose em crianças menores de 10 anos.
Métodos:
Revisão retrospectiva de prontuários de pacientes menores de 10 anos com escoliose, tratados com hastes de crescimento entre 1997 e 2012.
Resultados:
Identificamos 35 pacientes, que foram tratados com hastes de crescimento, que satisfizeram os critérios de seleção. A idade média no início do tratamento foi de 5,9 ± 2,3 anos. A maioria dos pacientes (51,4%) apresentou escoliose de etiologia idiopática. A alteração radiográfica pré e pós-operatória mostra uma redução de 47,7% do ângulo de Cobb (p> 0,001). Foram identificados 8 pacientes com alguma complicação, sendo falha de instrumentação a mais prevalente (229%). O único fator preditivo para complicações pós-operatórias foi o número total de alongamentos realizados (OR = 7,03; IC95% [1,1-45,4]; p = 0,040).
Conclusão:
O tratamento para escoliose em pacientes com menos de 10 anos com hastes de crescimento alcançou uma redução significativa na magnitude da deformidade antes da fusão óssea final. No entanto, a frequência de complicações é bastante alta e, para isso, recomendamos reduzir ao mínimo a frequência de alongamentos, a fim de manter a correção e o crescimento longitudinal da coluna. Nível de Evidência IV; Série de casos.
Descritores:
Escoliose; Próteses e implantes; criança; Curvaturas da coluna vertebral