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Subluxação atlantoaxial traumática, fixação transfacetária posterior: relato de caso

As lesões da coluna cervical são frequentemente descritas como eventos catastróficos em termos neurológicos, com sobrevida curta. As lesões do segmento C3-C7 são as mais comuns (cerca de 80%), seguidas pelo segmento C1-C2 (20%). As lesões da coluna cervical são de grande importância, tanto pela gravidade quanto pelas implicações neurológicas que acarretam. É importante considerar que dos traumas cervicais que não apresentam danos neurológicos no momento do acidente, 10% apresentam déficits mais tarde, motivo pelo qual todos os traumas cervicais devem ser considerados possíveis traumas raquimedulares, até que a evolução do caso demonstre que definitivamente não há lesão medular ou radicular. Foram relatados casos de luxações atlanto-occipitais e atlantoaxiais sem déficit neurológico, portanto, essas lesões passam despercebidas nos serviços de emergência. Algumas das manifestações a serem consideradas no momento do acidente são dor suboccipital à pressão axial do crânio e rigidez espontânea do pescoço do paciente. Também podem ser observados disfagia, dor à palpação da parte anterior do pescoço e aumento de volume pré-faríngeo visível, motivo pelo qual é importante manter a suspeita de traumatismo craniocervical em todos os pacientes que têm esses sintomas, e realizar os exames pertinentes. Neste artigo é apresentado um caso de luxação atlantoaxial pós-traumática, que não apresentou déficit neurológico no momento do acidente, que sobreveio posteriormente, assim como o tratamento cirúrgico realizado.

Articulação atlantoaxial; Instabilidade articular; Luxação


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