OBJETIVO:
Analisar a ocorrência do mau posicionamento de parafusos pediculares inseridos com auxílio de estimulação eletromiográfica intraoperatória, no tratamento de escoliose idiopática do adolescente (EIA).
MÉTODOS:
Trata-se de um estudo observacional e prospectivo, incluindo todos os pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para EIA, entre março e dezembro de 2013, em uma única instituição. Todos os procedimentos foram monitorados por eletromiografia (EMG) dos parafusos pediculares inseridos. A posição dos parafusos foi avaliada por exame de tomografia computadorizada (TC) pós-operatória e classificada de acordo com sistema de classificação próprio para EIA.
RESULTADOS:
Dezesseis pacientes foram incluídos no estudo, num total de 281 pedículos instrumentados (17,5 por paciente). Nenhum paciente apresentou qualquer déficit ou queixa neurológica após a cirurgia. No plano axial, 195 parafusos estavam em posição ideal (69,4%) enquanto no plano sagital, 226 parafusos estavam em posição ideal (80,4%). Considerando tanto o plano axial quanto o sagital, foi observado que 59,1% (166/281) dos parafusos não violaram nenhuma parede cortical.
CONCLUSÃO:
O uso de parafusos pediculares mostrou-se uma técnica segura, sem causar danos neurológicos em cirurgias para EIA, mesmo com a ocorrência de mau posicionamento de alguns implantes.
Escoliose; Parafusos ósseos; Monitorização neurofisiológica intraoperatória; Tomografia computadorizada por raios X