Resumo:
Objetivo:
O objetivo deste estudo é realizar uma análise morfométrica e explorar as características do corredor cirúrgico da via anterior ao psoas na população brasileira, através de exames de ressonância magnética.
Métodos:
Duzentos exames de ressonância magnética da coluna lombar de pacientes entre 18 e 80 anos foram avaliados, utilizando cortes axiais nos níveis L2-L5 e um corte sagital na ponderação T2. A relação entre o músculo psoas esquerdo e a aorta abdominal ou a artéria ilíaca comum esquerda foi analisada. O corredor anterior ao psoas foi definido como a menor distância entre a face posterolateral da aorta ou veia cava inferior ou o vaso ilíaco mais próximo e a face anteromedial do músculo psoas ipsilateral.
Resultados:
A população estudada foi de 104 mulheres e 96 homens com idade média de 49,68±2,04 (18-80) anos. A média da distância anterior ao psoas no nível L2-L3 foi de 14,17 ± 0,75mm; no nível L3-L4 foi de 12,08 ± 0,77mm e no nível L4-L5 foi de 9,12 ± 0,77mm. Os corredores cirúrgicos em todos os níveis foram considerados maiores na população idosa.
Conclusão:
A abordagem anterior ao psoas pode ser uma boa alternativa para a fusão intervertebral lombar na maioria dos pacientes brasileiros. Como rotina no exame pré-operatório e no planejamento cirúrgico, a ressonância magnética lombar tem fundamental importância na avaliação pré-operatória de cirurgias de abordagem anterior ao psoas. Nível de Evidencia IV; Estudo descritivo.
Descritores:
Coluna vertebral; Ressonância Magnética; Dor lombar