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Frisbee - o primeiro disco cervical artificial de 3ª geração

OBJETIVO:

A atual artroplastia de disco cervical é limitada pela artrite facetária pós-operatória, pela ossificação heterotópica e pela cifose segmentar. O disco Frisbee total, que tem face superior não-esférica convexo-côncava e face inferior plana e deslizante, é uma nova modalidade para melhores resultados. Antes da aplicação clínica, são necessários testes de segurança e adequação.

MÉTODOS:

O Frisbee é o primeiro disco de 3ª geração, de acordo com uma nova classificação de disco total, pois pode imitar precisamente a AM segmentar, incluindo a limitação suave da rotação axial. O teste ISO 18192-1 foi realizado para determinar a taxa de resíduos de desgaste. Um modelo de FE foi utilizado para avaliar a segurança dos componentes protéticos. No plano sagital, foram avaliadas diversas variáveis para determinar o ângulo de lordose mais favorável.

RESULTADOS:

Duas placas protéticas anguladas são mais seguras para evitar o deslocamento do que um núcleo angulado deslizante. A lordose de 7° do Frisbee leva a uma cifose de não mais de 2°, sem redução da AM. A taxa de desgaste do Frisbee é cinco vezes menor em comparação com um disco aprovado pela FDA, com superfície de deslizamento esférica.

CONCLUSÕES:

Com base nos resultados dos testes, a aplicação clínica do Frisbee pode, agora, ser estudada. A cifose pós-operatória, observada com outras próteses não constitui problema com o desenho do Frisbee. A AM fisiológica é combinada com a redução significativa dos detritos de desgaste. Por essas razões o Frisbee tem o potencial de fornecer uma carga segmentar mais equilibrada, reduzindo a degeneração da face articular e a ossificação heterotópica.

Artroplastia; Vértebras cervicais; Disco intervertebral; Prótese articular


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