Objetivos:
Avaliar a precisão e as complicações operatórias do implante de parafusos pediculares na coluna torácica e lombar, utilizando o método de cirurgia assistida por computação comparada à técnica de implante utilizando fluoroscopia.
Métodos:
Um estudo retrospectivo foi realizado no Hospital Universitário Cajuru PUC/PR de janeiro de 2000 a janeiro de 2009. Dois grupos de pacientes submetidos a implante de parafusos pediculares foram analisados (n = 80). O grupo I recebeu implante de parafusos pediculares com técnica de fluoroscopia e o grupo II, com técnica de neuronavegação. A precisão dos parafusos pediculares foi avaliada utilizando-se escalas de graduação.
Resultados:
A precisão do posicionamento dos parafusos foi superior no grupo II, no qual 77,5% dos parafusos estavam corretamente posicionados, enquanto havia somente 28,5% no grupo I (p = 0,001). Houve 95% (IC: 80-97%) de redução do risco de mau posicionamento de parafusos no grupo II. A média de tempo cirúrgico foi de 312,2 ± 78,1 minutos no grupo I e 270,3 ± 41,4 no grupo II (p = 0,004). Houve necessidade de transfusão sanguínea em 28 pacientes do grupo I e em somente 10 no grupo II (p = 0,005), resultando em 64% de redução de risco de transfusão sanguínea no grupo II. Oito pacientes no grupo I foram submetidos à revisão da cirurgia enquanto somente um no grupo II, ou seja, 75% de redução de risco de revisão cirúrgica.
Conclusão:
A técnica de implante de parafusos pediculares utilizando neuronavegação é um método mais preciso e tem menor complicações operatórias quando comparada com a técnica que utiliza a fluoroscopia.
Coluna vertebral/cirurgia; Cirurgia assistida por computador; Neuronavegação; Fluoroscopia