RESUMO
Objetivos:
Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com fraturas da coluna vertebral no período de dois anos (2017 e 2018) em hospital quaternário da cidade de São Paulo.
Métodos:
Foi realizado um estudo transversal mediante análise dos prontuários eletrônicos de pacientes atendidos pelo grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia no Pronto Socorro de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo nos anos de 2017 e 2018.
Resultados:
Um total de 185 pacientes foram avaliados ao longo de dois anos. O sexo masculino foi predominante na avaliação (69,19%), e a média de idade dos pacientes de foi de 43,95 anos. Os mecanismos de trauma mais comuns foram queda de altura (45,95%) e acidentes de trânsito (29,73%). A coluna cervical, acometida em 28,65%, foi a mais afetada, seguida pela região toracolombar (26,56%). A maioria dos pacientes não apresentava déficits no momento inicial (71,89%) e 54,05% dos pacientes foram submetidos a cirurgia para o tratamento.
Conclusão:
A maioria dos traumas envolvendo a coluna vertebral acometem a população economicamente ativa (dos 20 aos 60 anos), com predomínio no sexo masculino. A maioria das lesões ocorreram na região cervical, que é a região mais comumente associada a traumas graves e lesões neurológicas. Este estudo pode ajudar a planejar estratégias de prevenção e precaução dos traumas da coluna vertebral. Nível de evidência III; Estudo transversal.
Descritores:
Fraturas da Coluna Vertebral; Traumas da Medula Espinal; Déficits Neurológicos; Epidemiologia; Coluna Vertebral