RESUMO
Objetivo:
Estimar a reprodutibilidade intra e interobservadores da avaliação da obliquidade pélvica (OP) nos pacientes com deformidades neuromusculares pelo método que usa as cristas ilíacas e pelo método que usa o platô superior de S1e avaliar se há relação entre os métodos.
Métodos:
Trinta radiografias panorâmicas digitalizadas de pacientes com paralisia cerebral e mielomeningocele acompanhados em ambulatório foram avaliadas por quatro examinadores, sendo dois cirurgiões de coluna experientes e doisfellows. Foram excluídas duas radiografias que impossibilitavam a análise. Todos os exames foram obtidos conforme protocolo de acompanhamento periódico, na posição sentada, em filme digitalizado e distância foco-filme de 110 cm.
Resultados:
Observou-se alta concordância intra e interobservadores tanto do método que usa as cristas ilíacas quanto do método que avalia o platô de S1. No entanto, não foi observada relação significativa entre os dois métodos.
Conclusões:
Os métodos avaliados apresentam boa reprodutibilidade e concordância entre os observadores. Verificou-se que, por conta da relação linear existente, é possível estimar o valor do método das cristas ilíacas conhecendo o valor obtido pelo método do platô de S1 multiplicado por 0,76. Não houve concordância entre o método de avaliação da OP pelas cristas ilíacas em comparação com o método de avaliação pelo platô de S1. Nível de evidência IV; Estudo transversal retrospectivo.
Descritores:
Crista Ilíaca; Sacro; Doenças Neuromusculares; Paralisia Cerebral; Meningomielocele