RESUMO
Objetivos:
Determinar o perfil epidemiológico dos pacientes com fraturas na coluna vertebral encaminhados para avaliação pelo Grupo de Coluna do IOT-HCFMUSP entre 2019 e 2022. Avaliar o efeito da Pandemia de Covid-19 sobre esse perfil epidemiológico.
Métodos:
Foram analisados retrospectivamente os prontuários dos pacientes com fratura na coluna encaminhados pela Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS) de São Paulo ao Grupo de Coluna do IOT-HCFMUSP entre os anos de 2019 e 2022. Foi comparado o perfil epidemiológico entre o período pré-pandemia Covid-19 e o período de pandemia Covid-19 até dezembro de 2022 na cidade de São Paulo.
Resultados:
Analisou-se o prontuário médico de 427 pacientes entre março de 2019 e dezembro de 2022. No período o sexo masculino correspondeu a 71,9% dos casos, a média da idade foi de 46,7 anos. Queda de altura foi o mecanismo de trauma mais frequente (63,7%), seguido de acidentes de motocicleta (14,3%). A ausência de déficit neurológico ocorreu em 76,8% dos casos, bem como a região mais lesada foi a lombar (39,3%). Houveram mudanças no perfil epidemiológico durante a pandemia de Covid 19 em relação à pré-pandemia. Conclusões: Observado predomínio do sexo masculino de meia idade, além do mecanismo de trauma de queda de altura, bem como ausência de déficit neurológico a avaliação inicial. A região lombar e cervical foram os locais mais frequentes de lesão. O período pandêmico interferiu no perfil epidemiológico apresentado e nos intervalos de tempo entre a lesão e a avaliação no IOT-HCFMUSP. Nível de Evidência IV; Série de Casos.
Descritores:
Traumatismos da Coluna Vertebral; Traumas Medulares; Epidemiologia; Fraturas da Coluna Vertebral; COVID-19; Pandemia por COVID-19