Objetivo:
Correlacionar a obesidade com os parâmetros radiográficos do equilíbrio sagital espinhal e espinopélvico em pacientes submetidos à artrodese da coluna vertebral, além de correlacionar a obesidade com o resultado clínico de tais pacientes.
Métodos:
Estudo observacional, retrospectivo, que incluiu pacientes submetidos a artrodese da coluna vertebral, com período de seguimento mínimo de três meses. Medimos a circunferência abdominal, assim como a altura e o peso, para o cálculo do índice de massa corporal (IMC) e obtivemos radiografias da coluna total. Os parâmetros clínicos estudados foram: dor pela escala visual analógica (EVA) e o questionário de Oswestry (ODI). Correlacionamos obesidade com os parâmetros radiográficos do equilíbrio sagital e espinopélvico e com os parâmetros clínicos pós-operatórios.
Resultados:
Foram analisados 32 pacientes. Quanto maior o IMC, maior foi o valor da EVA encontrado, porém sem significância estatística (p = 0,83). Também não houve correlação entre o IMC e o questionário ODI. Analisando a circunferência abdominal, não houve correlação com EVA ou ODI. Não houve correlação entre IMC ou circunferência abdominal e os parâmetros radiográficos do alinhamento sagital e espinopélvico. Quanto ao resultado pós-operatório, não houve correlação entre as médias do IMC e da circunferência abdominal e o resultado pós-operatório pelo ODI e pela EVA (p = 0,75 e p = 0,7, respectivamente).
Conclusões:
Os resultados clínicos de pacientes submetidos a artrodese da coluna vertebral não foram alterados pelo IMC e pela circunferência abdominal. Também não se observou correlação entre os parâmetros radiográficos do equilíbrio sagital espinhal e espinopélvico com a obesidade em pacientes previamente submetidos a cirurgia de artrodese da coluna vertebral.
Fusão vertebral; Obesidade; Equilíbrio postural; Pelve; Dor lombar