Resumo:
Introdução:
O tratamento cirúrgico da escoliose idiopática do adolescente (EIA) envolve diversas manobras já descritas para alinhamento da curva escoliótica e posterior derotação vertebral.
Objetivo:
O objetivo é conseguir a maior correção possível, preservando assim os parâmetros do equilíbrio sagital e deixando o maior número de segmentos móveis. O objetivo do estudo é verificar a técnica de derotação combinada implementada na Clínica Reespalda e sua taxa de correção na escoliose idiopática, e avaliar a densidade dos implantes.
Método:
Estudo observacional retrospectivo coletado entre 2021 e 2023, com acompanhamento de 6 meses, incluindo dados clínicos e radiológicos. Foram utilizadas estatísticas descritivas e inferenciais (R 4.3.2).
Técnica de derotação:
instrumentação transpedicular posterior com monitorização neurofisiológica intraoperatória, inserindo uma haste em contorno sagital adequado no lado convexo. Ferramenta de redução especializada com âncoras sem fixação, realizando translação vertebral. Em seguida, é realizada uma derotação global com uma única haste, fixando as âncoras. Colocação da haste côncava com hipocifose leve. Distração no lado côncavo e compressão no lado convexo.
Resultados:
Foram totalizados 25 casos (nº 15 do Lenke 1, nº 5 do Lenke 3 e nº 5 do Lenke 5). Ângulo de Cobb médio pré-operatório de 60,44º e ângulo de Cobb médio pós-operatório de 22,22º, com taxa média de correção de 67,45º. A alta densidade de parafusos foi relacionada a uma melhor taxa de correção (p=0,0266) no Lenke 1, enquanto 100% dos Lenke 3 e 5 foram de alta densidade.
Conclusão:
A técnica de depreciação combinada alcançou uma taxa de correção bem sucedida, no entanto, foi necessária uma alta densidade de parafusos para conseguir isso.
Nível de Evidência IV; Série de Casos.
Descritores:
Escoliose; Instrumentação Cirúrgica; Objetivos