RESUMO
Objetivos:
Identificar os principais desfechos hospitalares dos pacientes submetidos à correção cirúrgica de escoliose neuromuscular, avaliar as taxas de complicação e o cumprimento de metas de mobilidade depois do uso de um protocolo gerenciado.
Métodos:
Trata-se de um estudo longitudinal e retrospectivo, com dados obtidos seis meses depois da aplicação do protocolo em 103 pacientes de ambos os sexos submetidos à correção cirúrgica de escoliose neuromuscular, em um hospital de nível terciário em São Paulo, nos períodos de junho a dezembro de 2018 (pré-protocolo) e entre maio e setembro de 2019 (pós-protocolo). Foram excluídos os dados dos pacientes submetidos a outras cirurgias ortopédicas de coluna previamente. Além dos dados para caracterização epidemiológica das doenças de base, foram analisadas as características clínicas e complicações.
Resultados:
Dos 103 pacientes avaliados, 53,4% eram do sexo feminino, média de idade de 14,9 anos, o diagnóstico mais frequente paralisia cerebral, ângulo médio da curvatura de 75° e as comorbidades mais observadas foram doenças pulmonares (25%). O protocolo atingiu adesão parcial dos profissionais, e depois da implementação, observou-se diminuição significativa da dor e da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), prevenção da imobilidade e baixa taxa de infecção.
Conclusões:
O uso de um protocolo com foco em pacientes submetidos à correção de escoliose neuromuscular, reduziu as complicações por SIRS e dor, manteve a taxa de infecção de sítio cirúrgico baixa e preveniu a imobilidade a curto prazo. Nível de evidência III; Estudo Retrospectivo.
Descritores:
Escoliose; Cuidados pós-operatórios; Protocolos de tratamento