Resumo:
Objetivo:
Demonstrar a viabilidade da fusão intersomática lombar assistida por endoscopia (iLIF) em L5S1 através de abordagem transilíaca.
Métodos:
Dez iLIF por via transilíaca e dez iLIF por via suprailíaca foram realizados bilateralmente em L5S1 em cinco cadáveres selecionados aleatoriamente. Foram registadas as seguintes medidas: Distâncias da via transilíaca até a crista ilíaca, crista ilíaca póstero-superior e feixe neurovascular do glúteo superior; parâmetros pélvicos; ângulos da abordagem; relação do ponto central lateral e AP do cage (CPR); percentagem do cage cruzando a linha média nas incidências AP e perfil. A integridade das placas vertebrais foi avaliada através de visualização endoscópica. Foi verificada através de dissecção anatómica a integridade das articulações facetárias, sacroilíacas, ligamento iliolombar e raízes de L5 e S1.
Resultados:
Na técnica transilíaca, os ângulos de abordagem axial e coronal foram significativamente menores em 13,5º (CI 95% -15,5;-11,5; p<0,001) e 13,2º (CI 95% -15,3;-11,1; p<0,001 ), respectivamente, o ângulo de abordagem sagital aumentou significativamente em 5,4º (CI 95% 1,8,8,9; p = 0,008), e o AP CPR foi significativamente maior (MD 0,16; CI 95% 0,12,0,20; p <0,001). A percentagem do cage cruzando a linha média em AP foi superior em 31,6% (CI 95% 19,8,43,4; valor p<0,001). A integridade das placas vertebrais, articulações facetadas, articulações sacroilíacas, ligamento iliolombar e raízes de L5 e S1 foi mantida.
Conclusão:
A realização de iLIF L5S1 por via transilíaca é uma técnica cirúrgica viável. Permite que o cage seja colocado mais centrado no plano coronal sem comprometer a posição anterior no plano sagital. A integridade das principais estruturas anatómicas em risco foi preservada.
Nível de Evidencia III: Estudo caso-controle.
Descritores:
Fusão vertebral; Endoscopia; Crista Ilíaca; Cadáver