RESUMO
Objetivo:
Nas lesões traumáticas da coluna torácica, três variáveis são analisadas para tomada de decisão: morfologia da lesão, complexo ligamentar posterior e estado neurológico; atualmente a quarta coluna não é avaliada, nosso objetivo foi determinar o comportamento biomecânico da coluna com fratura do quinto corpo vertebral torácico quando acompanhada de fratura oblíqua curta do esterno.
Métodos:
Obteve-se um modelo anônimo de um homem saudável de 25 anos, do qual foram obtidas a coluna torácica e caixa torácica, além dos ligamentos do complexo posterior e dos discos intervertebrais, foram simulados 4 modelos, foi feito o corte, e foi aplicada uma carga de 400 N e o comportamento biomecânico de cada modelo foi estendido.
Resultados:
A área que mais sofreu estresse ao nível vertebral foi a coluna posterior de T4-T5 (resistência à tração de 747 MPa), que ultrapassou o limite plástico, a carga pelas costelas foi distribuída da primeira à sexta (100 MPa), no esterno a maior tensão (200 MPa), a deformidade maior que 45 mm.
Conclusões:
O esterno foi a peça fundamental na estabilidade da coluna, a lesão combinada aumentou severamente o estresse (8 MPa a 747 MPa) na coluna e ultrapassou o limite plástico, o que mantém uma instabilidade que é representada pela deformidade global adquirida (1 mm a 45 mm). Nível de evidência II; Estudo prospectivo comparativo.
Descritores:
Coluna Vertebral; Fraturas da Coluna Vertebral; Fenômenos Biomecânicos; Deformidades Articulares Adquiridas