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MORFOLOGIA DO PEDÍCULO NA ESCOLIOSE: CONCORDÂNCIA NA CLASSIFICAÇÃO PARA AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA

RESUMO

Objetivo

A classificação morfológica dos pedículos descrita por Watanabe, apesar de bem conhecida, não é consenso entre os cirurgiões de coluna. Propomos uma análise da classificação por três observadores, um sênior e dois cirurgiões de coluna recém-graduados, e sua aplicabilidade na avaliação pré-operatória.

Métodos

Foi realizada uma análise intraobservador e interobservador das classificações de Watanabe de 937 pedículos em 55 pacientes com escoliose, tratados cirurgicamente em duas instituições. A média de idade no momento da cirurgia foi de 16,3 anos (10 a 50 anos). As etiologias da escoliose foram: idiopática (n = 47), congênita (n = 4), sindrômica (n = 3) e neuromuscular (n = 1). O ângulo médio de Cobb foi de 67 graus (41º a 120º). A avaliação dos pedículos torácicos foi realizada com imagens pré-operatórias de tomografia computadorizada.

Resultados

Três observadores classificaram 937 pedículos côncavos e convexos, evidenciando 47,5% do tipo A; 28,6% do tipo B; 17,1% do tipo C e 6.9% do tipo D. A concordância intraobservador foi de razoável a quase perfeita (kappa 0,34 a 0,92) e concordância interobservador foi de razoável a moderada (kappa 0,33 a 0,59), com significância estatística de p < 0,001.

Conclusões

A classificação de Watanabe pode ser considerada um bom método para prever dificuldades intraoperatórias e apresenta melhor concordância à medida que o cirurgião se torna mais experiente. Nível de Evidência II; Estudos Prognósticos.

Parafusos Pediculares; Morfologia; Escoliose

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