RESUMO
Objetivo:
Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de cervicalgia e lombalgia em profissionais cuja principal atividade laboral está relacionada ao uso de instrumentos musicais.
Método:
Foi conduzido um estudo clínico transversal quantitativo não randomizado, no qual os dados foram coletados por meio de um questionário online.
Resultados:
Dos 98 músicos participantes, a maioria (73,5%) era do sexo masculino, com uma idade média de 33 anos. Aproximadamente 70% dos participantes relataram experienciar algum tipo de dor, sendo a lombalgia (20,4%), a cervicalgia (14,3%) e a coexistência de ambas as condições (36,7%) dentre as queixas mais frequentes. Os instrumentos musicais mais comuns foram o violão (19,4%), seguido pela guitarra (11,2%), piano (11,2%), bateria (8,2%) e teclado (7,1%). A maioria dos músicos (61,2%) não realizava aquecimento antes de praticar música.
Conclusões:
Este estudo confirma que músicos enfrentam um risco consideravelmente maior de desenvolver cervicalgia e lombalgia em comparação com a população em geral, corroborando descobertas prévias. Fatores como gênero, peso, tempo de prática musical e idade desempenham papéis complexos na manifestação dessas dores, ressaltando a necessidade de estratégias direcionadas para prevenção e intervenção voltadas para essa comunidade. Nível de Evidência IV; Estudo Observacional Retrospectivo.
Descritores:
Prevalência; Cervicalgia; Dor Lombar; Músico