RESUMO
Objetivo:
Descrever os resultados cirúrgicos de uma série prospectiva de cinco casos, operados segundo um protocolo de indicação de vias de acesso.
Métodos:
Os pacientes foram classificados conforme o risco cirúrgico: Grupo A (alto risco) ou B (baixo risco); posteriormente, foram divididos em subgrupos, conforme características da herniação e, por fim, definiu-se a via de acesso cirúrgico: A.1) hérnias centrais calcificadas - toracoscopia; A.2) hérnias laterais moles - via posterolateral; A.3) hérnias centrolaterais - calcificações parciais de posição lateral - via posterolateral; calcificação de maior densidade e central - toracoscopia; B.1) hérnias centrais ou centrolaterais calcificadas - toracotomia ou toracoscopia; B.2) hérnias laterais moles - via posterolateral.
Resultados:
A duração dos sintomas variou de dois meses a três anos; a faixa etária foi de 37 a 58 anos; a distribuição por sexo foi de três pacientes do sexo feminino e dois do sexo masculino e o tempo de internação variou de dois a 20 dias. O nível mais acometido foi T11/12. Um paciente classificado como Grupo A.3 foi submetido à via posterolateral. Os demais pacientes foram Grupo B.1, três submetidos à toracotomia e um à toracoscopia. A remoção da herniação foi completa nos cinco casos; três pacientes melhoraram e dois permaneceram estáveis. A morbidade e o tempo de recuperação foram maiores nos pacientes submetidos às vias anterolaterais.
Conclusões:
Classificar pacientes de acordo com o risco cirúrgico e as particularidades anatômicas da herniação discal permite obter descompressão completa, minimizando a morbidade e a mortalidade.
Descritores:
Disco intervertebral/cirurgia; Tórax; Descompressão cirúrgica; Deslocamento do disco intervertebral; Grupos de risco; Morbidade; Laminectomia/métodos; Toracotomia; Toracoscopia.