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Cirurgia de 360 graus no tratamento da espondilolistese lombossacral de alto grau: técnica por via posterior única

OBJETIVO: O tratamento da espondilolistese lombossacral de alto grau (grau IV e espondiloptose) inclui a redução do deslocamento, se possível, descompressão e fixação e artrodese do segmento afetado. Essa doença causa nível grave de incapacidade e deformidade postural na região lombossacral, levando os pacientes a adotar marcha anódina, acompanhada por retração crônica dos músculos isquiotibiais. Esta técnica realizada por acesso unicamente posterior visa proporcionar a melhora clínica, reduzir o tempo cirúrgico e a morbidade. MÉTODOS: Os autores descrevem uma técnica para descomprimir e fixar a coluna lombossacral por instrumentação transpedicular em L4 e S1, discectomia mais TLIF (artrodese transforaminal intersomática) em L4-L5, laminectomia nos níveis L4-L5, L5-S1, S1-S2, fusão póstero-anterior S1-L5 para tunelização através de ambos os corpos vertebrais e enxerto ósseo de fíbula. Os autores revisaram retrospectivamente nove pacientes submetidos a essa técnica entre 2000 e 2010. Todos os pacientes foram avaliados e acompanhados por 12 meses, em média, após a cirurgia. RESULTADOS: Os sintomas mecânicos e radiculares melhoraram no acompanhamento a curto e longo prazo. Estudos radiológicos mostraram fusão óssea adequada em todos os pacientes. Não houve falhas relacionadas com a instrumentação. CONCLUSÕES: Os autores afirmam que esta técnica é segura e eficiente para realizar descompressão posterior e fixação in situ sem correção sagital. A utilização desta técnica evita o acesso por via anterior ou combinado e reduz a hemorragia, a morbidade e os custos elevados.

Espondilolistese; Fusão vertebral; Equilíbrio postural; Dor lombar; Artrodese


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