OBJETIVO: comparar o número de eventos com alteração no potencial evocado somatosensorial (PESS) e sua repercussão entre técnicas de tratamento cirúrgico da escoliose idiopática com e sem amarrilha sublaminar. MÉTODOS: análise retrospectiva de 25 cirurgias de correção de escoliose idiopática, flexíveis, realizadas no período de novembro de 1996 a setembro de 1999, nas quais foram utilizadas técnicas sem amarrilha sublaminar (sistema de Cotrel-Dubousset) (Grupo I) e com amarrilha (sistema de Harrington-Luque e haste de Hartshill) (Grupo II). Todos os procedimentos foram realizados com monitoração neurofisiológica da função medular através do PESS. RESULTADOS: no Grupo II, foi observada uma frequência maior de alterações do PESS tanto na amplitude como na latência da onda, durante e ao final da cirurgia. Na série revista, constatou-se uma elevada porcentagem de resultados falso-positivos. Em nenhum paciente foi observada qualquer alteração neurológica no pós-operatório. CONCLUSÃO: permanece em aberto qual o método mais seguro para o tratamento cirúrgico da escoliose idiopática. Os resultados apresentados neste trabalho sugerem uma menor incidência de alterações na monitoração neurofisiológica da medula em pacientes tratados pelo sistema de Cotrel-Dubousset.
Escoliose; Potenciais somatosensoriais evocados; Procedimentos cirúrgicos operatórios; Dispositivos de fixação ortopédica