RESUMO
Objetivo:
Avaliar a função motora grossa (GMFCS) com relação à prevalência e ao tipo de escoliose no paciente com paralisia cerebral (PC).
Métodos:
Estudo transversal analítico. Foram avaliados prontuários e exames de imagem de 100 pacientes escolhidos aleatoriamente em centro de reabilitação especializado no cuidado desse tipo de paciente. Os pacientes foram classificados de acordo com a função motora (GMFCS) e os que tinham deformidade foram classificados de acordo com o tipo da escoliose, segundo a classificação de Lonstein e Akbarnia. Foi feita uma correlação entre a presença de deformidade, as diversas variáveis entre o tipo de deformidade e a função motora pelo GMFCS.
Resultados:
Dos 100 pacientes avaliados, 69 apresentavam escoliose. A média de idade entre os pacientes com escoliose foi superior à dos pacientes sem deformidade (12,63 e 10,46 anos). Trinta e nove (57%) pacientes apresentavam tetraparesia espástica e 32 (46%) diparesia espástica. O padrão de curva mais frequente foi o toracolombar e o valor angular médio da curva principal foi de 27 graus. Houve uma correlação positiva entre a presença de escoliose e GMFCS nível V. Também houve correlação positiva entre o Grupo II de Lonstein e GMFCS V.
Conclusão:
Existe uma correlação positiva entre a presença de escoliose e maior acometimento da função motora grossa (GMFCS V). Nos pacientes com deformidades, também existe uma correlação positiva entre o Grupo II de Lonstein e o GMFCS V.
Descritores:
Coluna vertebral; Paralisia cerebral; Escoliose; Epidemiologia.