RESUMO:
Introdução:
Cirurgias tubulares minimamente invasivas são opção para descompressão neural na coluna. Apesar de suas vantagens descritas na literatura, persiste uma controvérsia quanto à segurança em reduzir o tempo de internação hospitalar.
Objetivo:
Avaliar a taxa de readmissão e os custos hospitalares de pacientes que receberam alta hospitalar em até 24 horas após descompressão tubular minimamente invasiva.
Métodos:
Análise retrospectiva comparativa de pacientes submetidos a descompressão tubular na coluna vertebral, entre 2017 e 2023, que não apresentaram intercorrências perioperatórias. Um grupo foi composto por pacientes que receberam alta hospitalar em até 24 horas após término da cirurgia, e o outro por pacientes que receberam alta após esse período. Foram comparados dados referentes a custos e readmissões/reoperações em até 180 dias após a alta hospitalar.
Resultados:
A amostra foi composta por 179 pacientes, sendo que 167 receberam alta precoce. Houve 18 casos de readmissão/reoperação em até 180 dias e todos foram casos do grupo que recebeu alta precoce. O principal motivo de readmissão foi recidiva (61,1%). Os custos hospitalares totais foram maiores no grupo “não precoce”, com média de R$ 30.756,00, que representou gasto percentual 40,39% maior, quando comparado com o grupo “alta precoce”.
Conclusão:
Descompressão tubular microcirúrgica da coluna vertebral é uma técnica que viabiliza a alta precoce segura e que não aumenta o risco de reinternação em até 180 dias. Pacientes que receberam alta precoce tiveram menores custos hospitalares referentes à internação.
Nível de evidência III; Estudo Retrospectivo Comparativo.
Descritores:
Descompressão; Coluna Vertebral; Custos Hospitalares; Tempo de Internação; Alta Hospitalar; Readmissão do Paciente