Resumo
O presente artigo oferece insumos tanto empíricos quanto teóricos que evidenciam a forma como opera o vínculo entre o espaço e o gênero na academia de ciências sociais e humanas de Bogotá, Colômbia. Com base em dez histórias de vida de mulheres que trabalham em diferentes universidades, afirmamos que a academia é um espaço hostil para as mulheres que o habitam, pois em seu interior são reproduzidas lógicas dualistas, coloniais, heteropatriarcais e capitalistas, que afetam de maneira particular as experiências de mulheres e corpos não heteronormativos. Verificamos que o cuidado é uma noção central e conflituosa nessa experiência acadêmica, pois opera tanto como forma de opressão, ao anular a participação e a visibilidade das mulheres, quanto como de resistência, negociação e potência política para transformar a universidade.
TRABALHO; UNIVERSIDADE; RELAÇÕES DE GÊNERO; MULHERES