SESSÃO |
QUESTÕES E PRINCÍPIOS NORTEADORES |
PROCEDIMENTOS |
1) Para que servem os números? |
- Onde encontramos os números? - Para que servem? - Como podemos contá-los? - Existe um jeito certo de contar? Qual? - Como fazer para saber quantos tem? - Ordem estável - Correspondência termo a termo - Cardinalidade |
Primeiro momento: fazer as perguntas norteadoras para as crianças. Pedir que apontem números presentes na sala da intervenção. Realizar a contagem de objetos da sala sem seguir a ordem estável e, depois, seguindo a ordem estável, mas contando o mesmo item mais de uma vez. Perguntar aos alunos se a contagem foi feita corretamente. Discutir com as crianças as respostas para as perguntas norteadoras. Segundo momento: distribuir as reportagens para as crianças e questionar o que têm em comum. Pedir que digam quais números aparecem em seus papéis e, após, propor que os ordenem. Após, perguntar para as crianças quantos números foram contados e de que maneira contaram. Explorar a ideia de que sempre se conta do mesmo jeito, na mesma ordem, e que o último número contado corresponde ao total de números no conjunto. Terceiro momento: partindo da ideia de ordem constante e cardinalidade, propor que se jogue “qual está faltando?”. Organizar uma sequência de números na mesa e pedir que as crianças observem por alguns minutos. Enquanto organiza a sequência, errar de propósito o ordenamento dos números. Pedir que as crianças ajudem a organizá-los, apontando possíveis erros. Depois, solicitar que fechem os olhos e retirar alguns números da fila, pedindo que, após abrirem os olhos, indiquem quais números estão faltando. Ao término de algumas rodadas (cada aluno terá sua vez), fazer uma discussão, perguntando: como sabiam quais números estavam faltando? Quantos números havia ao todo? Como sabiam isso? Retomar as perguntas norteadoras. |
2) Como contar? |
- Como podemos contar sem nos perder? - Como saber que já contei um número? - Como contar um conjunto que não está organizado? - Ordem estável - Correspondência termo a termo - Irrelevância da ordem - Cardinalidade |
Retomar a sessão anterior, discutindo as ideias já trabalhadas e as perguntas norteadoras discutidas (contamos sempre do mesmo jeito e o último número contado corresponde ao total de objetos no conjunto). A pesquisadora deve falar que, às vezes, se perde na contagem, contando mais de uma vez o mesmo objeto ou esquecendo-se de contar outro objeto: quando o conjunto não está em fila, fica difícil contar. Questionar as crianças se há outros jeitos de contar que ajudem a gente não se perder. Para isso, serão utilizadas figuras contendo bolinhas e algumas fichas. Inicialmente, perguntar o que as figuras têm em comum (bolinhas). Depois, perguntar como descobrir quantas bolinhas há em cada uma (contagem). Fazer o exemplo coletivamente: contar as bolinhas sem usar as fichas, contando a mesma mais de uma vez. Indagar se contou corretamente. Após indicações de que não contou do jeito certo, questionar como usar as fichas para ajudar na contagem. Contar novamente utilizando as fichas para marcar as bolinhas já contadas. Depois, questionar se é necessário começar sempre pela mesma bolinha. Contar começando por outra, discutindo o valor encontrado. Repetir esse movimento, começando por outra. Conversar que sempre encontraremos o mesmo número, independentemente da bolinha que iniciará a contagem (cardinalidade). Distribuir três figuras para cada um e solicitar que os alunos pratiquem sozinhos, um de cada vez. Ao final da atividade, as ideias trabalhadas serão retomadas e discutidas, dando ênfase à questão da ordem constante, cardinalidade, correspondência termo a termo e irrelevância da ordem. |
SESSÃO |
QUESTÕES E PRINCÍPIOS NORTEADORES |
PROCEDIMENTOS |
3) Contando |
- O que podemos contar? - Por onde começo a contar? - Ordem estável - Correspondência termo a termo - Cardinalidade - Irrelevância da ordem - Abstração |
Primeira parte: retomar a sessão anterior, pedindo que as crianças lembrem o que foi feito e aprendido. Após uma breve discussão sobre o que os alunos trouxerem, propor que se joguem dois jogos de tabuleiro, um de cada vez. O primeiro jogo será “tabuleiro das cores”. Explicar como funciona e acompanhar as crianças nas rodadas, orientando-as. Uma criança de cada vez joga o dado e deve andar até a cor indicada, contando as casas. Em seguida, deve anotar em um pequeno pedaço de papel quantas casas andou. Após, é a vez de outro aluno e assim por diante até alcançar o final do tabuleiro. Depois desse jogo, questionar como as crianças fizeram para chegar à cor indicada no dado e se sabiam quantas casas tinham andado ao todo. A ideia é que percebam a contagem como uma ferramenta útil no jogo e que indiquem as anotações do papel como uma forma de registro do total de casas andadas. Essas discussões serão permeadas por intervenções da pesquisadora, esclarecendo que a ordem constante da contagem foi seguida, que cada casa foi contada uma e apenas uma vez e que, se podemos contar cores, podemos contar qualquer coisa. Segunda parte: após o jogo do tabuleiro das cores, jogar “jogo das mãos”. Explicar e jogar com as crianças. Um aluno joga o dado e deve separar o número tirado em fichas, entregá-las para o colega do lado e pedir que ele as coloque sobre os dedos, indicando por qual dedo deve começar. Isso será feito por cada aluno, com a pesquisadora acompanhando. Ao final, serão abordadas outras questões: como contamos desta vez? Será que precisaríamos ter começado pelo dedão ou pelo mindinho, ou será que marcando os dedos contados não há problema começar por outra ordem? Será que isso vale para outras coisas que contamos também? Se precisamos contar alguns objetos e estão bagunçados, como podemos fazer? Ou se alguém pede que comecemos a contar por determinado lugar, como podemos fazer? O foco é discutir o princípio da irrelevância da ordem, retomando o que foi visto nas outras sessões. |
4) Pensando na contagem |
- Como posso contar na minha cabeça? - Como organizar os números na hora de contá-los? - Como descobrir um número sem saber seu nome? - Ordem estável - Correspondência termo a termo - Cardinalidade - Irrelevância da ordem - Abstração |
Retomar as sessões anteriores, conversar sobre o que foi visto, feito, aprendido. Discutir perguntas norteadoras, retomando como é o jeito certo de contar. Propor um desafio para ver quem aprendeu bastante os números: jogo do bingo. Cada aluno receberá uma cartela e fichas para marcá-las. Sortear um cartão com frases do tipo “sou o número que vem antes do 5 e depois do 3”, pedindo que os alunos descubram qual é. Jogar até alguém fazer bingo, ou seja, quem completar a cartela primeiro, podendo repetir as rodadas. Pouco antes do final do jogo, retomar as ideias iniciais e fazer o encerramento das sessões de intervenção, por meio da revisão do que foi feito em cada encontro e do questionamento sobre três aspectos: cada aluno deverá responder uma coisa que aprendeu, uma coisa que achou difícil e uma coisa que achou fácil. |