Metodologia
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Um avaliador externo observa os espaços e ambientes, identifica e atribui conceito de qualidade ao longo dos indicadores. |
Indicadores
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Iters-R Avalia o espaço e mobiliário; rotinas de cuidado pessoal; falar e compreender; atividades; interação; estrutura do programa, pais e equipe, com 39 itens detalhados em 455 indicadores. |
Ecers-R Avalia o espaço e mobiliário; rotinas de cuidado pessoal, linguagem e raciocínio; atividades; interação, estrutura do programa; pais e equipe, com 43 itens e 470 indicadores. |
Tempo
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Um dia, período de 3,5 horas de observação. |
Participação
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Não apresentam característica participativa, apenas são consultados os pais e a equipe quando o avaliador externo não identifica os indicadores no ambiente. |
Resultados
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Os dados e informações são coletados e mensurados, sendo atribuído um valor pelo avaliador que não discute os resultados da avaliação. |
Pós-resultados
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O avaliador externo faz os indicativos sobre pontos a serem melhorados e estratégias de ação. |
Viabilidade
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Viáveis pela facilidade de acesso e pouco tempo na preparação dos avaliadores externos. |
Validade e confiabilidade
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Válidos e confiáveis por serem abrangentes com parâmetros comuns da educação infantil, facilitando o mapeamento da qualidade em realidades sociais e educacionais bem diversas. |
Maturidade
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Grau de maturidade estabelecido por terem sido aplicados em tempos históricos distintos e em diferentes contextos dos Estados Unidos e mais tarde em países dos cinco continentes. |
Fonte: Harms et al. (2006Harms, T., Cryer, D., & Clifford, R. M. (2006). Infant/toddler environment rating scale. Teachers College Press.), Harms (2013) e Pimenta (2017Pimenta, C. O. (2017). Avaliações municipais da educação infantil: Contribuições para a garantia do direito à educação das crianças brasileiras? [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação].). |
ISQUEN e AVSI - Itália |
Tipo
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Meta-avaliação e autoavaliação |
Metodologia
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Constituídos por um avaliador externo, avaliadores internos (entre eles, um articulador) e outros segmentos da instituição (famílias e profissionais). Apresentam indicadores predefinidos e promovem o debate entre os participantes de modo processual e formativo. |
Indicadores
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Isquen Os sujeitos, os contextos e práticas, os saberes do fazer, as garantias. |
AVSI Experiência educativa, as atividades profissionais, os adultos e suas relações, as garantias, a estrutura. |
Tempo
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Varia de uma instituição para outra. Não é descrito o tempo de aplicação, nem a regularidade. |
Participação
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De natureza negociada e dialógica, preveem a participação de todos os segmentos. |
Resultados
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Os itens com discordância são socializados a fim de refletir e encontrar o consenso a partir da concepção, dos valores daquela realidade e dos princípios da educação infantil. |
Pós-resultados
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Elaboração de um plano de ação coletivo, tornando todos coadjuvantes das melhorias. |
Viabilidade
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Por serem processuais e pela interação do avaliador externo, enquanto articulador do instrumento, exigem maior qualificação e tempo. |
Validade e confiabilidade
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Válidos e confiáveis. Apresentam consistência interna, a avaliação foi construída a partir da adaptação da Iters e Ecers, preveem a adaptação à realidade contextual. |
Maturidade
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Grau de maturidade estabelecido, também aplicados em outros países. No entanto, por avaliarem o contexto, necessitam de adaptação à realidade observada. |
Fonte: Becchi et al. (2014Becchi, E., Bondioli, A., & Ferrari, M. (2014). ISQUEN: Indicadores e escala de avaliação da qualidade educativa da creche. In L. Cipollone (Org.), Instrumentos e indicadores para avaliar a creche: Um percurso de análise da qualidade (pp. 149-197). UFPR.), Pimenta (2017Pimenta, C. O. (2017). Avaliações municipais da educação infantil: Contribuições para a garantia do direito à educação das crianças brasileiras? [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação].) e Souza et al. (2017Souza, G. de, Moro, C., França, F. F., & Rodrigues, A. J. L. (2017). A pesquisa em rede na educação infantil: Avaliação de contexto, modos de proceder e possibilidades de reflexão. RELAdEI: Revista Latinoamericana de Educación Infantil - Evaluación de Contextos en Educación Infantil, 6(1-2), 23-32.). |
ECCP - México |
Tipo
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Avaliação externa |
Metodologia
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Avaliação de programas realizada por avaliadores externos. O instrumento combina observação dos espaços e entrevistas com diretores e professores relacionados à instituição e à sala de aula. |
Indicadores
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Estabelecimento, recursos, processo educacional, gestão educacional, relação com família e comunidade, sala de aula, recursos. |
Tempo
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Avaliadores externos: visitas no início e final do ano letivo. Dois dias com entrevistas, famílias e crianças. Três visitas: uma para discussão sobre os resultados, verificando a validade, e duas para elaborar ações de melhoria com professores e diretores. E, por último, três visitas para verificar o desenvolvimento das ações. |
Participação
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O instrumento combina observação e entrevistas, mas o parecer sobre a qualidade é realizado pelos avaliadores externos. |
Resultados
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Constataram-se melhorias na qualidade da infraestrutura, materiais, gestão, saúde, identidade institucional, relação creche-família. |
Pós-resultados
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Feedback da avaliação é a base para a continuidade dos currículos e reorientar a formação de professores e supervisão. |
Viabilidade
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Instrumento construído pelo sistema educacional mexicano entre 2003 e 2007, buscando adequar-se às diretrizes (princípios gerais da educação infantil); viável para aquele contexto. |
Validade e confiabilidade
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Não descreve. Instrumento em período de teste de uma avaliação padrão para um contexto diverso e multicultural, que coincidiu com a ampliação da oferta de vagas. |
Maturidade
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Nível de maturidade não definido. Foi reformulado cinco vezes, incluindo novas dimensões: saúde, clima, crianças com deficiência. |
Fonte: Myers (2011Myers, R. (2011). Em busca da qualidade educacional na pré-escola: Uma experiência mexicana. Cadernos de Pesquisa, 41(142), 100-115.) e Martínez Preciado (2010Martínez Preciado, J. F. (2010). La construcción de indicadores y evaluación de la calidad en centros educativos: Seis experiencias en México. REICE: Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 8(5), 133-153.). |
NQS - Austrália |
Tipo
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Avaliação externa |
Metodologia
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Avaliador externo avalia a qualidade dos serviços. Visitas de agente autorizado para observar os espaços, questionar, analisar documentos, verificar a aplicação do plano. |
Indicadores
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Programa educacional e prática; saúde e segurança das crianças; ambiente físico; arranjos de pessoal; relações com as crianças; parcerias de colaboração com as famílias e comunidades; liderança e gestão dos serviços. |
Tempo
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Não é descrito o tempo de aplicação. |
Participação
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Participação limitada aos profissionais e famílias. Os avaliadores externos têm grande influência na decisão sobre o resultado. |
Resultados
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Legislação prevê a divulgação dos resultados (avaliação reguladora). Devem ser alcançados níveis de qualidade para o credenciamento das instituições. |
Pós-resultados
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Penalidades são previstas em lei para as instituições que não estiverem atendendo aos níveis de qualidade estabelecidos no plano de melhorias. Sujeito à responsabilização dos profissionais, das instituições e suspensões dos serviços. |
Viabilidade
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Viável. Por ser instituído, articulado e garantido por lei, já prevê recursos para realização. |
Validade e confiabilidade
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Reconhece a existência de contextos multiculturais, apresenta coerência com as diretrizes nacionais, tornando o instrumento confiável e válido, mas abre precedentes para ranqueamento das instituições. |
Maturidade
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Tem nível de maturação consistente. É sistêmica, abrangente, padronizada nacionalmente. |
Fonte: Tayler (2014Tayler, C. (2014). Avaliação da qualidade da educação infantil na Austrália. Estudos em Avaliação Educacional, 25(58), 126-151.) e Pimenta (2017Pimenta, C. O. (2017). Avaliações municipais da educação infantil: Contribuições para a garantia do direito à educação das crianças brasileiras? [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação].). |
IDEA - Espanha |
Tipo
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Autoavaliação |
Metodologia
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Por adesão voluntária da instituição. Composta por etapas: a) coleta de informação: entrevistas, revisão de documentos, observação, aplicação de questionários; b) valoração: elaboração de informes e destaque de pontos fortes e fracos; c) tomada de decisões: propostas de melhoria. |
Indicadores
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A formação docente, a quantidade de crianças por turma, a estrutura física em relação à saúde e segurança (em edifícios, instalações, equipamentos interiores e exteriores), o currículo e as aprendizagens e a prática educativa. |
Tempo
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Não descreve o tempo de aplicação do instrumento. |
Participação
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Participação condicionada ao questionário de valoração aplicado às famílias e aos professores. Os avaliadores externos definem o nível de qualidade. |
Resultados
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Destaques dos pontos fracos e fortes da instituição. |
Pós-resultados
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Há a proposição de melhorias, mas não descreve como é feito. |
Viabilidade
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Não descreve dificuldade ou êxito na aplicação. |
Validade e confiabilidade
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Como é uma autoavaliação por adesão da instituição, as informações são insuficientes quanto à eficiência, validade e confiabilidade. |
Maturidade
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Não descreve o nível de maturação. |
Fonte: Motiejunaite et al. (2014Motiejunaite, A., Delhaxhe, A., Balcon, M.-P., & Borodankova, O. (2014). La educación y atención a la primera infancia. Agencia Ejecutiva en el Ámbito Educativo, Audiovisual y Cultural.) e Pimenta (2017Pimenta, C. O. (2017). Avaliações municipais da educação infantil: Contribuições para a garantia do direito à educação das crianças brasileiras? [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação].). |
QUALITÀ LÚDICA - Itália |
Tipo
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Autoavaliação |
Metodologia
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Observação sistemática dos espaços e coleta de dados dos avaliadores sobre a ampliação do repertório de brincadeira e dos comportamentos lúdicos e competências das crianças. |
Indicadores
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Projeto educativo; espaço (na sala, nas áreas comuns internas e externas); materiais (na sala, nas áreas comuns internas e externas); tempo; formação do grupo; adulto e jogo. |
Tempo
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Não é descrito o tempo de aplicação. |
Participação
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Promove a participação na perspectiva da avaliação de contexto. |
Resultados
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Os dados levantados são debatidos com o avaliador externo e os segmentos da comunidade educativa para chegar a um consenso. |
Pós-resultados
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Não descreve. |
Viabilidade
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Não descreve, requer conhecimento sobre desenvolvimento infantil e a brincadeira, exigindo maior qualificação e mediação do avaliador externo. |
Validade e confiabilidade
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Avaliação subjetiva, pois depende da interpretação dos avaliadores. O instrumento não apresenta informações suficientes sobre o grau de confiabilidade. |
Maturidade
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Não é descrito o nível de maturação. Encontra-se ainda como projeto piloto, de pesquisa. |
Fonte: Moro e Souza (2016Moro, C., & Souza, G. de. (2016). Para uma análise pedagógica dos contextos educativos. (Entrevista com Anna Bondioli, Monica Ferrari, Donatella Savio). Universidade de Pávia/Itália.). |
ERVIS |
Tipo
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Autoavaliação - educação inclusiva |
Metodologia
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Composto por cinco áreas avaliadas, subdivididas em 41 itens, observação dos espaços realizada pelos profissionais, de preferência com formação em educação inclusiva, mas as melhorias são destinadas a todas as crianças. |
Indicadores
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Estrutura; formação; atividades profissionais; relação entre adultos; processo de integração. |
Tempo
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Não descreve o tempo de aplicação. |
Participação
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Participativa, dialógica com os profissionais da instituição. |
Resultados
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Dados visam a identificar a presença ou ausência de fatores significativos à educação de crianças com deficiência. |
Pós-resultados
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Com os resultados se elabora um projeto específico, com a participação dos professores para propor, implementar, avaliar e modificar itinerários personalizados destinados a ensinar as crianças “deficientes”. |
Viabilidade
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Contextual, demanda formação específica em educação especial. |
Validade e confiabilidade
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Não apresenta informações suficientes sobre o grau de confiabilidade, pois depende da interpretação dos avaliadores, assim como do domínio dos processos inclusivos. |
Maturidade
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Não foi possível identificar o nível de maturação. |
Fonte: Bondioli (2009Bondioli, A. (2009). ERVIS: Elementi per Rilevare e Valutare l’integrazione Scolastica. Editora Junior.) e Pimenta (2017Pimenta, C. O. (2017). Avaliações municipais da educação infantil: Contribuições para a garantia do direito à educação das crianças brasileiras? [Tese de doutorado, Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação].). |
SPRING - Itália |
Tipo
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Autoavaliação e heteroavaliação |
Metodologia
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O avaliador externo faz o contato inicial, reuniões, entrevistas e observações dos espaços e práticas, elaboração do relatório final sobre os dados levantados, debatidos e analisados para a devolutiva à instituição. Com dimensões que se relacionam entre si, servem tanto para autoavaliação quanto heteroavaliação. Não são utilizados dados quantificáveis, sendo totalmente descritiva, requer tempo pela subjetividade, inclusive para consulta aos resultados. |
Indicadores
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Organização do contexto educativo; funcionamento do grupo de trabalho; relações da instituição com as famílias e a comunidade; processos de avaliação. |
Tempo
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Em média seis meses. A reaplicação depende da evolução no plano de melhorias. |
Participação
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Prevê a participação dos diferentes segmentos da instituição, formativa, dialógica, de debate e confronto, inclusive de concepções pedagógicas para qualidade negociada. |
Resultados
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Elaboração de plano de melhorias. |
Pós-resultados
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Colocar em prática o plano de melhorias com as mudanças e continuidades indicadas. |
Viabilidade
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Viável, em uma perspectiva sistêmica, com estrutura humana qualificada, de conhecimento específico sobre o instrumento e concepção pedagógica para dar suporte à instituição. |
Validade e confiabilidade
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Dispõe de consistência interna, pois apresenta análise do contexto sob o olhar de diferentes segmentos, propiciando a validade e confiabilidade. |
Maturidade
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Não descreve. Instrumento criado recentemente. |
Fonte: Marcuccio e Zanelli (2013Marcuccio, M., & Zanelli, P. (2013). Sguardi sul nido... Strumento per lo Sviluppo di Processi Riflessivi e Indagini valutative nei Nidi da parte dei Gruppi di lavoro educativi (SPRING). Edizioni Junior-Spaggiari Edizioni.) e Moro (2018Moro, C. (2018). Diferentes olhares para a creche: A avaliação de contexto com o instrumento SPRING em um município da Emilia Romagna. Revista Linhas, 19(40), 138-160.). |
INDICADORES DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL - Brasil |
Tipo
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Autoavaliação |
Metodologia
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Os participantes são divididos em sete equipes, uma para cada dimensão, contando com coordenador e relator. O nível de qualidade é baseado nas cores do semáforo. Ao concluir essa etapa, os subgrupos retornam à plenária e cada dimensão é retomada, com o intuito de negociar e chegar a um consenso quanto ao resultado e elaborar o plano de melhorias. |
Indicadores
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Planejamento institucional; multiplicidade de experiências e linguagens; interações; promoção da saúde; espaços, materiais e mobiliários; formação e condições de trabalho das professoras e demais profissionais; cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social. |
Tempo
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Um dia. |
Participação
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São fundamentais a participação e o posicionamento dos diferentes segmentos da instituição. |
Resultados
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Identificar os pontos fortes e fracos da instituição para elaboração do plano de ação, constando: dimensão, indicador, problemas, ações, responsáveis e prazos. |
Pós-resultados
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Não propõe o acompanhamento do plano de ação por parte de todos os segmentos, nem propõe atribuições à Secretaria Municipal de Educação e/ou políticas públicas. |
Viabilidade
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Acessível e de fácil aplicação. |
Validade e confiabilidade
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Por não ser formativa, interfere na validade e confiabilidade. Depende da concepção e do reconhecimento da comunidade educativa para identificar a qualidade dos serviços. |
Maturidade
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Não descreve nível de maturidade, mas pode ser aplicada em diferentes tempos e contextos. |
Fonte: MEC (2009). |