Ao longo das últimas décadas, um número crescente de comunidades evangélicas e adventistas tem defendido o criacionismo em nosso país. Este artigo se propõe a examinar as matrizes identitárias desse movimento, suas transformações ao longo do tempo e a influência de seus discursos na sociedade, em particular no ensino de ciências e biologia. Sugere-se que o enfrentamento dessa situação deva envolver práticas que contribuam para uma melhor compreensão da atividade científica, enfatizando a relevância da sua abordagem na formação inicial. É destacada ainda a importância de atividades didáticas capazes de promover um ambiente de respeito pelas diferentes visões de mundo ao mesmo tempo em que trabalham o conhecimento transmitido pela ótica do estranhamento, desabilitando zonas de conforto.
Ensino de Ciências; Biologia; Criacionismo; Religião