Resumo
Este artigo pretende discutir possibilidades de modelos narrativos da escrita etnográfica, em diálogo com as questões que surgiram da minha experiência de pesquisa no campo da prostituição de luxo, no Rio de Janeiro. Procura assim mostrar como esses modelos, em observância a certos protocolos que orientam moralmente a conduta do pesquisador em campo, criam zonas de invisibilidade daquilo que não pode ser narrado. E, ao mesmo tempo, determinam quem está autorizado a ser narrador da etnografia.
Prostituição de luxo; Autoridade etnográfica; Estigma